Ato será em frente à Assembleia Legislativa e pedirá cassação dos senadores Magno Malta e Marcos do Val
Com a proximidade do 8 de janeiro, data em que, no ano de 2023, ocorreu uma tentativa de golpe de Estado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que depredaram prédios públicos em Brasília, como o Congresso Nacional, o Senado e o Supremo Tribunal Federal (STF), haverá atos em todo o Brasil em repúdio e memória ao ocorrido. No Espírito Santo, o ato será às 16h30, na Assembleia Legislativa, organizado pelo Comitê Popular de Lutas do Espírito Santo e pelas centrais sindicais, totalizando cerca de 25 entidades.
Integrante do Comitê Popular de Lutas, Fernanda Tardin informa que haverá carro de som e panfletagem em frente à Casa de Leis. Além do repúdio ao ato terrorista que completa um ano nessa segunda-feira (8), será pedida a cassação dos mandatos de dois senadores capixabas: Magno Malta (PL) e Marcos do Val (Podemos). “O lugar deles não é no Senado. Eles foram incentivadores da tentativa de golpe e, com isso, infringiram leis, como a de Preservação do Patrimônio Histórico e Memória”, diz Fernanda.
Clemilde Cortes, presidente da Central Única dos Trabalhadores no Espírito Santo (CUT/ES), uma das entidades que participará do ato, destaca a importância do protesto. “É fundamental relembrar para que não aconteça novamente. Discordância política não é problema, mas atentar contra a democracia é. Muita gente morreu para garantir que pudéssemos eleger nossos representantes. Quando Bolsonaro ganhou não houve atitude violenta, questionamento do resultado das urnas, mas quando o resultado da última eleição não foi o que a extrema direita queria, agiram com violência”, diz Clemilde
O presidente Lula (PT) fez a convocação para o ato em Brasília no dia 20 de dezembro, durante a reunião ministerial de 2023. Após o ato terrorista, centenas de integrantes da extrema-direita foram presos na ocasião e respondem a processos na Justiça, muitos já condenados pelos atos de vandalismo. Nesta quinta-feira (4), o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, assinou um plano de ações integradas para definir o plano de segurança montado com o Centro Integrado de Operações da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
Está em andamento um monitoramento de ameaças de ataques às instituições, mas, até o momento, não há nada que gere maior preocupação. O Ministério da Justiça constatou que há convocações nas redes sociais para atos em diversas cidades do país no dia 8 de janeiro de 2024, mas sem grandes adesões. De acordo com o secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, os achados não causam preocupação, mas o governo manterá o monitoramento para evitar surpresas