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Cenário eleitoral de Cariacica depende de Helder dizer sim ou não à candidatura a prefeito

A construção do cenário eleitoral de Cariacica continua sendo uma incógnita. Tudo depende do posicionamento do favorito da eleição, o deputado federal Helder Salomão (PT). O parlamentar vem tentando costurar um caminho em que ele não seja o candidato. 
Como única liderança do partido em condições de vencer a eleição para prefeito em um município importante no Estado, Helder vem sendo pressionado pelo PT a entrar na disputa. A questão seria o porvir. Assumir uma prefeitura com baixa arrecadação e com problemas que se agravaram com os tropeços da gestão atual pode trazer mais desgaste do que glórias e pôr em risco o capital construído por Helder no município. 
Para os meios políticos locais, se Helder disputar a eleição, fica na mão dele. O petista saiu muito bem avaliado e os tropeços da atual gestão de Geraldo Luzia, o Juninho (PPS), no início do mandato, causaram desgaste ao prefeito, que hoje é visto como irreversível. 
Outro nome que se fortalece na cidade, também por causa do desgaste do prefeito é o do deputado estadual Marcelo Santos (PMDB), que saiu derrotado na disputa passada contra o próprio Juninho. Se Helder não entrar na eleição diretamente, as lideranças avaliam que um apoio a Marcelo Santos poderia fortalecer muito o palanque do peemedebista. 
Mas, dentro do PT, a expectativa é de que Helder apoie um nome do partido para a disputa, caso não venha a encabeçar o palanque. Neste cenário, fica mais complicado apostar em um êxito petista, até porque a fórmula não funcionou em 2012, ocasião em que Helder apoiou a então deputada estadual Lúcia Dornellas para a sucessão, e ela não chegou sequer ao segundo turno. 
No grupo de Marcelo Santos a movimentação do PT também não deixa de ser interessante, já que um candidato apoiado por Helder não tiraria votos do peemedebista e sim do prefeito Juninho, facilitando o caminho para o deputado estadual do PMDB. 
Mas não é só esse movimento que ganha a atenção da classe política cariaciquense. O papel do governador Paulo Hartung (PMDB) neste período de articulações também é observado com cuidado. Juninho se mostrou nos últimos quatro anos aliado de primeira linha de Hartung e recebeu do governador, mesmo quando estava na planície, muita reciprocidade. Mas em se tratando de jogo eleitoral, a história pode ser outra. 
O governador também tem muita afinidade com Helder Salomão, mas estaria tentando evitar a candidatura do petista, porque quer manter longe da bancada capixaba uma antiga desafeta, a ex-deputada federal Iriny Lopes, suplente de Helder. 
O deputado Marcelo Santos também vem buscando aproximação com o Palácio Anchieta, mas resta saber se Hartung superou as movimentações do deputado de apoio ao ex-governador Renato Casagrande (PSB) antes da eleição de 2014. 
De outro lado Juninho, em desgaste eleitoral, prejudicaria a imagem do governador, que precisaria de um esforço muito grande para tentar carregar o prefeito em uma campanha. De qualquer maneira, o deputado não oferece risco ao governador, e nesse sentido, a possibilidade de Hartung se neutralizar em um embate entre Juninho e Marcelo Santos não preocupa o Palácio Anchieta.

O cenário sem Helder, quem também se coloca em situação favorável é o deputado Sandro Locutor (Pros). Na sessão desta terça-feira (29), o deputado destacou a pesquisa publicada no jornal A Gazeta, em que o deputado não é citado, mas que na pesquisa, feita pelo instituto Futura, o deputado aparece com 8,5% das intenções. O índice, se confirmado nas urnas, ajuda a também deixar mais dividido o eleitorado e com um diferencial, já que Sandro não estaria no rol de aliados preferenciais do governador.

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