Vereador substitui desde janeiro Armandinho Fontoura, afastado das funções por estar preso
Quase dez dias depois da admissibilidade do processo de cassação do vereador de Vitória Chico Hosken (Podemos), a serem completados nesta segunda-feira (15), a Corregedoria-Geral da Câmara de Vitória ainda não formalizou a citação, exigência legal a partir da qual começa a contar o prazo para apresentação da defesa prévia, que antecede a fase processual.
“Estava esperado para sexta-feira, mas como não entregaram, deve ocorrer na segunda”, disse o advogado de defesa, Marcos Daniel, mantendo a convicção de que o processo, por ser mais do âmbito político e não jurídico, não irá prosseguir.
Na Corregedoria, a informação é de que o atraso no envio da citação é resultante da burocracia no Departamento Legislativo, setor responsável para o encaminhamento de documentos oficiais. Sem a citação do alvo das denúncias, ocorre a paralisação do processo.
O vereador Chco Hosken é o substituto do titular da vaga, Armandinho Fontoura (Patri), afastado das funções por estar preso desde dezembro de 2022, acusado de participar de uma milícia digital e de atos contra a democracia. No último mês de abril, Hosken, que assumiu em janeiro, foi denunciado de que teria feito uma “armação” para tirar Armandinho do cargo, dando início às investigações.
A denúncia partiu do segundo suplente do Podemos na Câmara de Vitória,
Neno Bahia, também interessado na cassação de Chico Hosken. Ele afirma que Washington Gomes Bermudes, da assessoria do gabinete de Chico Hosken, induziu Sandro Luiz da Rocha a assinar um documento pedindo a cassação de Armandinho Fontoura.
Marcos Daniel afirma que, sem a citação, fica faltando a acusação, de fato, como ele defendeu na sessão da Corregedoria do último dia 5, quando foi anunciado o relator do processo, o vereador André Brandinho (PSC).