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Coligação de Ferraço só garantiu uma cadeira na Câmara de Cachoeiro

Outras cidades do sul com disputa majoritária mais acirrada seguiram tendência contrária

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Em Cachoeiro de Itapemirim, sul do Estado, o prefeito eleito, Theodorico Ferraço (PP), teve 44,2 mil votos (42,81% do total) na eleição encerrada no último domingo (6), quase o dobro do segundo colocado, Léo Camargo (PL). Essa superioridade contrasta com o resultado pífio obtido pelos candidatos a vereador de sua coligação, que elegeu apenas Renata Fiório (PP). O cenário é contrário ao de outros municípios-polo da região, em que os prefeitos eleitos conseguiram garantir boa base parlamentar.

A coligação governista de Lorena Vasques (PSB) foi a mais vitoriosa da eleição proporcional em Cachoeiro: conseguiu 11 das 19 cadeiras na Câmara Municipal, quase 60% do total. O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT) foram os mais vitoriosos, com quatro vereadores eleitos cada um, e o Partido Socialista Brasileiro (PSB) elegeu três parlamentares.

Apesar disso, a expectativa é de que Theodorico Ferraço consiga superar a derrota de sua coligação na eleição proporcional e mantenha bom diálogo com a Câmara de Vereadores. Próximo de completar 87 anos e prestes a iniciar o quinto mandato no Executivo municipal, Ferraço é um político experiente e pragmático, com bom trânsito entre as elites políticas e econômicas locais e regionais – ele é pai do vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB).

Outro ponto a se destacar é que, durante a pré-campanha, o grupo de Ferraço chegou a se articular com o PSDB, uma das siglas com o maior número de vereadores eleitos. O próprio vice-prefeito eleito, Júnior Corrêa (Novo), finaliza o seu primeiro mandato como vereador, aumentando as chances de bom diálogo entre o Executivo e o Legislativo.

De qualquer forma, o péssimo resultado na eleição proporcional reforça a impressão de que o projeto político da chapa vencedora da eleição majoritária de Cachoeiro é focado basicamente no prestígio individual de seus integrantes, que será colocado à prova a partir do ano que vem.

Anchieta, Alegre e Guaçuí

Diferentemente de Cachoeiro, em Anchieta, o candidato de situação, Léo Português (PSB), teve uma vitória apertada: ele obteve 8.405 votos (42,33%), apenas 528 votos a mais do que o segundo colocado, o ex-prefeito Marquinhos Assad (Podemos), que conseguiu 7.877 votos (39,67%). Luiz Mattos (PL), com 3.573 votos (18%), fechou a disputa eleitoral em último.

Na eleição proporcional, porém, a coligação de Léo Português conquistou oito das onze cadeiras da Câmara de Vereadores. Marcia Cypriando Assad (Podemos), esposa de Marquinhos Assad e ferrenha opositora da gestão atual, ficou como suplente, com 526 votos. Vandinho Salarini, único vereador eleito de seu partido, teve 604 votos.

Em Alegre, maior colégio eleitoral do Caparaó capixaba, o prefeito Nirrô (PP) teve 81% dos votos, uma vitória esmagadora sobre o seu único adversário, Romário Brasil (PSB). Na Câmara de Vereadores, a coligação do prefeito também obteve oito das onze cadeiras.

Em Guaçuí, município do Caparaó que teve candidatos fortes na eleição majoritária, o ex-prefeito Vagner Rodriges (PP) obteve 41,95% dos votos, conquistando uma vitória relativamente segura sobre o atual prefeito, Jauhar (Podemos), que conseguiu 33,87%, o também ex-prefeito Luciano Machado (PSB), que ficou com 21,35%, e o empresário Carlos Gouvea (PL), com 2,83%. Na Câmara de Vereadores, a coligação de Rodrigues conseguiu sete das onze cadeiras.

Disputas acirradas

O município de Ibitirama teve a eleição mais acirrada do sul do Estado neste ano. Reginaldo (PSB) alcançou 2.960 votos (47,61%), 57 a mais do que o segundo colocado, Romildo Pité (PP), que conseguiu 2.903 votos (46,69%). Dr. Hugo (PL) ficou em último, com 354 votos (5,69%). Na eleição proporcional, a coligação de Reginaldo ficou com quatro das nove vagas disponíveis, menos do que os partidos ligados a Rominldo Pité, que conseguiram as outras cinco.

Em Divino de São Lourenço, menor colégio eleitoral capixaba, com 4,9 mil eleitores, a disputa foi igualmente acirrada. Dudu Queiroz (PSB) teve 2.181 votos (50,67%), 58 a mais do que o seu único adversário, Sebastião Mutuca (PP), com 2.123 votos (49,33%). A disputa proporcional foi igualmente acirrada: a coligação de Queiroz elegeu cinco vereadores, e a de Mutuca, quatro.

Em Irupi, Paulino Lourenço (MDB), atual vice-prefeito, também venceu a eleição majoritária por uma diferença pequena: ele teve 4.538 votos (51,48%), 261 a mais do que Helton do Lelei (PRD), que ficou com 4.277 votos (48,52%). Mas na disputa pelas vagas da Câmara de Vereadores, a coligação de Lourenço prevaleceu com ampla maioria, obtendo sete das nove cadeiras.

Outra cidade com votação acirrada foi Iconha. O prefeito Gedson Brandão Paulino (Republicanos) conseguiu se eleger com 4.661 votos (51,84), 530 a mais do que o ex-prefeito João Paganini (Podemos), que ficou com 4.131 votos (45,95%). Hugo Durães (PT) teve apenas 199 votos (2,21%). Apesar disso, a coligação de Gedson conseguiu seis das dez vagas na Câmara de Vereadores.

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