Pedagoga Lana Roppe, na foto com Camila Valadão, diz que a cidade precisa de um “novo olhar”
Lana Roppe e Aldimara Lopes são os nomes com os quais o Partido Socialismo e Liberdade (Psol) pretende mudar o cenário político-eleitoral de Atílio Vivácqua, pequeno município do sul do Estado, dominado há 60 anos por dois grupos políticos. Elas são pré-candidatas, respectivamente, a prefeita e vice-prefeita, e irão se licenciar no próximo dia 6 dos cargos que ocupam no município, como gestoras na área de educação.
“Não contamos com o apoio dessas correntes e nossa pré-campanha, que já está nas ruas desde 4 de maio, ganha receptividade”, diz Lana. Ela destaca que foi levada a disputar a eleição incentivada pela deputada estadual Camila Valadão, pré-candidata a prefeita de Vitória, como forma de valorizar o papel da mulher na política.
Para Lana, “o município necessita de um novo olhar, principalmente para a educação e saúde, a fim de atender à população e às mulheres, que hoje não dispõem no serviço público de, sequer, atendimento ginecológico”.
Pedagoga e pós-graduada em Psicopedagogia, a pré-candidata do Psol já foi secretária de Educação, em 2017, na gestão do prefeito Almir Barros, já falecido, e entende que o fato de nunca ter participado de uma eleição lhe é favorável, a fim de quebrar essa hegemonia de dois grupos que se revezam na política local.
“Não vejo barreiras”, diz, ao comentar sobre a chapa formada por duas mulheres e sem apoio das forças tradicionais na política do município. Recorre aos anos de experiência, como gestoras na área de educação, tanto ele como a vice, que entendem “proporcionar um conhecimento mais profundo da cidade”.
“São duas linhas que disputam a política daqui, há 60 anos. Para as eleições deste ano, já temos Genaldo [Republicanos], ligado ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Santos [de saída do Podemos], e Helinho Lima [PSB], nome apoiado pelo governador Renato Casagrande”, explica Lana
