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Comitês populares são a nova estratégia de comunicação política do PT

Sétimo comitê, o da Praia do Canto, foi criado nesse sábado. Grupos também atuarão em cursos de formação política 

Divulgação

Com o objetivo de acertar brechas na comunicação com a sociedade, a direção do PT decidiu pôr em prática uma nova estratégia de comunicação, a fim de manter um diálogo permanente com as comunidades. Trata-se de comitês populares, que irão funcionar no modo “olho no olho”, por intermédio de uma rede que envolva movimentos sociais e a população.

Nesse sábado (5), a Grande Vitória inaugurou o sétimo grupo, para atuar antes, durante e depois do período eleitoral, abrangendo os bairros de Santa Lúcia, Barro Vermelho, Praia do Canto, Santa Luzia e Santa Helena. O evento reuniu militantes e simpatizantes do partido com uma roda de conversa, tendo como facilitador o economista Arlindo Vilaschi, professor aposentado da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

Desde o mês de fevereiro, os comitês Lula Livre passaram a funcionar com os comitês populares, com a prioridade de criar ao menos um em comunidades, favelas e bairros das periferias. Também em assentamentos rurais, comunidades quilombolas e vilas de pescadores. Os coletivos pretendem reunir trabalhadores das fábricas, da educação, da cultura, informais e estudantes, entre outros grupos sociais.

Inicialmente, esses grupos funcionam informalmente, em decorrência do calendário eleitoral, que pune campanha antecipada, como forma de ampliar e organizar as bases. Já estão ativos, além do inaugurado nesse sábado, os comitês do Triplex, no Centro de Vitória, o Núcleo Barra do Jucu, um na Serra e a Ufes está reativando outro grupo. No interior já estão funcionando os de Cachoeiro de Itapemirim, sul do Estado, e São Mateus, no norte.

Os comitês fazem parte de decisões adotadas no encontro realizado em fevereiro, com a participação de 3,4 mil pessoas, que prevê a criação de, até este mês, cinco mil unidades em todo o país. A ideia é reforçar o “olho no olho”, por intermédio de uma rede que envolva movimentos sociais e a população. Além disso, envolver na construção dos comitês movimentos sociais e outros partidos do campo progressista, como PCdoB e Psol.

Um das finalidades é alcançar uma importante parcela da população, das classes D e E, que está desconectada. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um em cada cinco brasileiros não tem acesso à internet. Um dado alarmante, que revela a exclusão digital do país. No entanto, há um fator positivo – talvez o único. É um público que ainda não foi contaminado pelo discurso de ódio presente nas redes sociais, afirmam dirigentes do PT.

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