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Conservadores formalizam apoio a Manato e a militares bolsonaristas

Escolha de Manato se deu por meio de plebiscito, que apontou também candidatos ao Senado, Câmara e Assembleia

Agência Câmara

O Movimento Conservador do Espírito Santo, alinhado ao presidente Jair Bolsonaro (PL), formalizará o apoio ao pré-candidato ao governo Carlos Manato (PL), na noite desta sexta-feira (29), em evento do Projeto Político Militar (PPM), formado por entidades da área de segurança pública. A escolha foi feita por meio de um plebiscito, no mês de março, para a escolha de nomes para concorrer às eleições de outubro. 

O evento será realizado no Caxias Esporte Clube, no bairro Itararé, em Vitória. Ancorado em temas com a mesma linha adotada pelo bolsonarismo, focado em valores da família, política e segurança, relacionados às pautas das corporações militares, os militares apoiam, além de Manato, o ex-senador Magno Malta, coordenador do PL no Espírito Santo, para concorrer ao Senado. 

Na chapa para deputado federal apontaram o Tenente Assis (PTB), Coronel Welinton (região Sul), Soldado Olmir Castiglioni (região Norte) e Cabo Eugênio (região metropolitana) e Da Vitória (PP), que tentará a reeleição, depois de ter o nome preterido para o Senado, na chapa do governador Renato Casagrande, que optou pela reeleição da senadora Rose de Freitas (MDB). 

O projeto reúne a Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo (ACSPMBM-ES), Associação dos Militares da Reserva, Reformados, da Ativa da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros Militar e Pensionistas de Militares (Aspomires), Associação dos Subtenentes Sargentos da Polícia Militar e Bombeiro Militar (ASSES) e Associação dos Bombeiros Militares do Espírito Santo (ABMES).

Apesar se formado por entidades da área de segurança, o PPM não é unanimidade entre os militares. Com alcance nacional e representação em vários estados brasileiros, o Movimento Policiais Antifascismo atua em sentido oposto à linha bolsonarista, defendendo uma nova política de segurança pública. Debatem sobre ações, drogas, política e conjuntura atual e consideram o policial como um trabalhador, com direitos e deveres como qualquer cidadão. 

O apoio dessas entidades encontra campo favorável junto a igrejas evangélicas, que seguem o presidente da República e participaram da Marcha para Jesus, evento de campanha política antecipada, burlando a Justiça Eleitoral, realizado no último dia 23, com a participação dos pré-candidatos do PPM e de Jair Bolsonaro. 

Nas redes sociais e na mídia independente, em nível nacional, o desfile e a concentração na Praça do Papa foram amplamente abordados por ter apresentado um carro alegórico com a escultura gigante de um revólver e, também, o discurso do presidente, fora do contexto religioso e relacionado exclusivamente à política eleitoral. 

O ex-senador Magno Malta, um dos astros do show gospel, passa a disputar com o deputado Erick Musso (Republicanos) o voto de igrejas evangélicas, depois que retirou sua candidatura ao governo e agora tenta se eleger ao Senado, apoiado pelo deputado federal Felipe Rigoni (União). Evangélico, Musso é ligado à poderosa Convenção das Assembleias de Deus no Espírito Santo e Outras (Cadeeso).

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