Empresária era apontada como a preferida do prefeito de Vitória desde abril, quando se filiou ao PP
Quando, em 4 de abril deste ano, Cris Samorini filiou-se ao Partido Progressista (PP), carregava uma quase certeza de que seria indicada vice-prefeita na chapa de reeleição do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos), segundo os meios políticos. A ex-presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) teve, a seu favor, o fato de ser mulher e procedente do meio empresarial, dois fatores relevantes para reforçar alianças na atual gestão.
Primeiro porque Pazolini passou todo mandato desprestigiando a Capitã Estéfane (Podemos), a vice-prefeita eleita em 2020, chegando a impedir que ela usasse o microfone, em um ato público, gerado críticas e protestos. Cris Samorini pode contribuir para elevar o prestígio do prefeito junto ao público feminino.
Um quadro reforçado com o meio profissional onde ela atua, integrado por representantes das maiores empresas sediadas no Espírito Santo, suficiente para encobrir sua falta de experiência no trato das coisas relacionadas à gestão pública, apesar da aprovação do seu desempenho frente à Findes. Tanto foi assim que ela – e o grupo a que pertence – elegeu seu sucessor, Paulo Baraona, candidato único, derrubando todos os outros pretendentes.
A empresária concorria com o principal partido da aliança de Pazolini, o presidente da Câmara de Vereadores, Leandro Piquet, o presidente municipal do PP, Marcos Delmaestro, e o ex-secretário de Governo, Aridelmo Teixeira (Novo).
Cris Samorini é de Vitória, graduada em Administração de Empresas, com MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral e em Marketing pela FGV. Foi presidente da Findes de 2020 a 2024.