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Debate na Assembleia Legislativa relembra 60 anos do golpe militar

Debate reunirá vítimas da ditadura, como Perly Cipriano, e representantes dos direitos humanos

O golpe militar de 1964, que completa 60 anos neste ano, representou uma interrupção na democracia brasileira e uma série de violações dos direitos humanos em todo o país. Para manter viva a memória desse período e reforçar o compromisso com a verdade e a reparação, a deputada Camila Valadão (Psol) realizará um seminário sobre a data na Assembleia Legislativa.

Com o tema “Democracia, Memória e Verdade no Brasil – 60 anos do Golpe Militar”, o seminário acontece na próxima terça-feira (16), às 9h, e terá a presença de pessoas engajadas da luta pelos direitos humanos, que viveram durante a ditadura militar, e vão debater como esse período da história reflete atualmente.

O ex-subsecretário de Estado de Direitos Humanos do Espírito Santo e militante dos direitos humanos, Perly Cipriano, que foi preso e torturado, será um dos participantes, para contar tudo que viveu no período. Assim como a ex-aluna da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Angela Milanez, que também foi vítima da repressão.

A participação de Eugênia Raizer, professora aposentada da Ufes e membro da Comissão Estadual de Memória e Verdade Orlando Bomfim, também está confirmada. O debate terá ainda a presença do militante político e preso na ditadura Francisco Celso Calmon, coordenador do livro coletivo 60 anos do golpe, gerações em luta, lançado neste mês e tema de debates em várias capitais do País.

O livro tem como autores 60 brasileiros de várias cidades brasileiras, sendo sete do Espírito Santo, que viveram e foram vítimas do período. Além das discussões, haverá um ponto de venda do livro, com sessão de autógrafos dos autores do Estado.

“É preciso lembrar para que não se repita! Por isso, esse debate é tão importante. São seis décadas de um capítulo aterrorizante da nossa história, que resultou em incontáveis violações de direitos humanos, como suspensão de direitos, tortura, censura, desaparecimentos e assassinatos. Só é possível fazer justiça com verdade e reparação”, reitera Camila Valadão.

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