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Defesa aguarda deliberação da Assembleia sobre prisão de deputado

Marcelo Santos afirma que cabe ao legislativo, pelo voto da maioria, decidir sobre caso de Assumção

“A defesa do deputado estadual Capitão Assumção (PL) aguardará manifestação da Assembleia para  o cumprimento do que determina o artigo 53 da Constituição Federal de 88”, informou nesta sexta-feira (1º), por nota, o advogado do parlamentar preso desde essa quarta-feira (28),  por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Segundo Fernando Dilen, o parlamentar continua preso no quartel da Polícia Militar, em Maruípe, apesar do pedido de transferência para uma cela no Corpo de Bombeiros, dada às condições precárias do local.

A Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa analisa o procedimento a ser adotado pelos parlamentares para deliberar sobre a prisão do deputado, que também é pré-candidato a prefeito de Vitória. Ele foi detido preventivamente por romper com as medidas cautelares estabelecidas em dezembro de 2022, quando passou a usar tornozeleira eletrônica.

O órgão foi acionado em caráter de urgência pelo presidente Marcelo Santos (Podemos) logo após ter recebido a notificação do STF, na noite dessa quinta-feira (29). A Assembleia esclareceu que se trata de “procedimento incomum” sobre o qual não consta “qualquer disciplinamento em nosso Regimento Interno”. A orientação da Procuradoria será comunicada aos parlamentares em reunião a ser realizada na segunda-feira (4), no gabinete da Presidência.

Em nota, Marcelo Santos informa que STF enviou cópia da decisão que determinou a prisão de Assumção e o despacho do ministro Alexandre de Moraes, segundo o qual, em cumprimento à Constituição Federal, cabe à Assembleia decidir, “pelo voto da maioria de seus membros, sobre a prisão”.

O deputado acrescenta que “a urgência da situação apresentada com a restrição da liberdade do deputado não nos permite agir de forma açodada e, eventualmente, descumprir qualquer norma processual, garantia constitucional ou em desacordo com entendimentos anteriores do próprio STF”.

O texto reafirma que a Casa “agirá sempre em respeito às prerrogativas e garantias constitucionais do deputado Capitão Assumção e também dos demais parlamentares que exercerão sua competência constitucional de analisar, com a independência necessária, a decisão que determinou a prisão”.

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