Depois de adiamentos, expectativa é de que Marcelo Santos defina na próxima semana
A definição sobre as novas composições das comissões temáticas da Assembleia Legislativa segue em aberto. A promessa era de que o assunto seria resolvido ainda em fevereiro, mas ficou para depois do Carnaval, ainda sem novo prazo divulgado pelo presidente, Marcelo Santos (União).
O deputado tem dito que a principal controvérsia gira em torno da quantidade de membros em cada colegiado, tendo em vista que alguns deputados defendem redução do número de integrantes. Enquanto o assunto não se resolve, seguem os mesmos ocupantes do biênio passado, para permitir que a Casa vote projetos e cumpra a pauta do plenário.
Até agora, é considerado certeza os presidentes das duas principais comissões. Mazinho dos Anjos (PSDB) sairá da Comissão de Constituição e Justiça para comandar a de Finanças, no lugar de Tyago Hoffmamm (PSB), que se tornou secretário estadual de Saúde. A CCJ, por sua vez, passará a ser presidida por Dary Pagung (PSB), ex-líder do Governo.
Uma das comissões mais disputadas é a de Saúde. Atualmente, é presidida por Bruno Resende (União), aliado do governador e favorito a continuar no posto. Mas informações de bastidores dão conta de que há outros parlamentares de olho no posto.
Um deles seria Fábio Duarte (Rede), que ameaçou aderir ao bloco partidário de oposição em meio às articulações. Recém-chegado na Assembleia, após processo do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES) que resultou em recontagem de votos, Fábio se aproximou de Sérgio Vidigal (PDT) e de seu pupilo, o prefeito da Serra Weverson Meireles, a partir do segundo turno das eleições do ano passado.
Logo após o movimento de aproximação com a oposição, Fábio recuou e disse queria “evitar polarizações” e manter a “neutralidade”, num momento em que ainda está ambientando com a Assembleia. Depois, recuou ainda mais e entrou de vez para a base governista. Resta saber o que o novo deputado sairá ganhando com esses movimentos.
Outra comissão que estaria em disputa é a de Cooperativismo, atualmente presidida por Allan Ferreira (Podemos), outro aliado de Casagrande. Marcos Madureira (PP), também da base aliada, além de Callegari (PL) e Hudson Leal (Republicanos), de oposição, estariam interessados em presidir o colegiado.
Vale destacar que Allan Ferreira e Bruno Resende apoiaram Diego Libardi (Republicanos) como candidato a prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, em 2024. Libardi foi secretário na gestão do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), opositor do governo estadual. Em Cachoeiro, Casagrande apoiou a candidata governista, Lorena Vasques (PSB). O presidente estadual do Podemos, o deputado federal Gilson Daniel, chegou a ameaçar intervir no Podemos em Cachoeiro para evitar que a sigla apoiasse um candidato ligado à oposição ao governo estadual.
Ainda não se sabe quem presidirá as comissões de Educação e de Políticas Sobre Drogas, atualmente sob o comando de Dary Pagung e Denninho Silva (União), respectivamente, que estão de saída.
Não há disputas em vista nas outras comissões, ao que tudo indica. A Comissão de Agricultura, antes presidida por Lucas Scaramussa (Podemos), que se tornou prefeito de Linhares, no norte do Estado, deverá ficar sob o comando de Adilson Espíndula (PSD).
Nas demais comissões, a expectativa é de que permaneçam os mesmos presidentes: Raquel Lessa (PP) na de Assistência Social; Janete de Sá (PSB) na de Bem-Estar dos Animais; Pablo Muribeca (Republicanos) na de Ciência e Tecnologia; Iriny Lopes (PT) na de Cultura; Vandinho Leite (PSDB), novo líder do Governo, na de Defesa do Consumidor; Camila Valadão (Psol), na de Direitos Humanos; Alexandre Xambinho (Podemos), na de Infraestrutura; Gandini (PSD), novo vice-líder de Governo, na de Meio Ambiente; Alcântaro Filho (Republicanos), na de Proteção à Criança e ao Adolescente; Danilo Bahiense (PL), na de Segurança; e Coronel Weliton (PRD), na de Turismo.
