Mário Louzada substituía o deputado federal Paulo Foletto, que deixou o cargo para disputar a reeleição
Durou apenas cinco meses a gestão do técnico em Agropecuária Mário Louzada à frente da Secretaria de Agricultura (Seag) do governo Renato Casagrande (PSB). Empossado no mês de março, foi exonerado na última sexta-feira (19), conforme ato publicado nesta segunda (22), motivado por uma denúncia de assédio sexual. Essa é a segunda demissão da pasta no atual governo. Assume o posto Arthur Moura de Souza, que ocupava a Subsecretaria para Assuntos Administrativos.
Essa é a segunda exoneração na Seag. Em março, foi exonerado o subsecretário estadual de Infraestrutura Rural da Secretaria de Agricultura (Seag), Rodrigo Vaccari, objeto de mandado de busca e apreensão na Operação Volátil 2, deflagrada pela Polícia Federal. Era suspeito de suposto recebimento de propina no valor de R$ 840 mil, na compra de álcool em gel no início da pandemia de Covid-19.
Mário Louzada substituía o deputado federal licenciado Paulo Foletto (PSB), que deixou o cargo para cumprir determinação da Justiça Eleitoral e disputar as eleições, em outubro deste ano. Nos últimos três anos, ele foi diretor-presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) e já presidiu o Fórum Nacional de Sanidade Agropecuária (Fonesa).
A denúncia de assédio sexual partiu de uma servidora da pasta, de acordo com informações do governo, confirmada em nota oficial distribuída pela Superintendência Estadual de Comunicação Social (Secom). “Assim que tomou conhecimento do caso, o governador Renato Casagrande exonerou o secretário, a fim de que os fatos sejam imediatamente apurados com total isenção”, informou.
O Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Espírito Santo (Sindipúblicos) disse “repudiar qualquer prática de assédio no ambiente de trabalho e aconselha o servidor ou servidora vítima desse tipo de conduta abusiva a procurar o sindicato para que sejam tomadas as devidas providências”. “O Sindipúblicos está estruturado com o Coletivo de Mulheres para receber as denúncias das vítimas de assédio no ambiente de trabalho e encaminhar as providências e ações protetivas com o Setor Jurídico”, ressaltou Renata Setúbal, diretora de Assuntos Jurídicos da entidade.