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Deputado reage à crítica a emendas parlamentares do Orçamento 2014

A manchete do jornal A Gazeta desta quarta-feira (2) “Mais dinheiro para obras do Estado… e para os deputados” motivou um duro discurso do deputado Claudio Vereza (PT) no final da morna sessão ordinária da Assembleia Legislativa. Com seis mandatos consecutivos de deputado estadual, o petista se irritou com a manchete, que segundo ele, sugere que o dinheiro seria para os deputados estaduais e não para destinação a entidades.
 
O deputado destacou que a Lei Orçamentária do Estado, que para o próximo ano é de R$ 15,5 bilhões, é a única matéria de fundo orçamentário que os deputados têm constitucionalmente o direito de emendar, desde que os recursos sejam modificados de uma rubrica para outra. Ou seja, se quisessem, poderiam mexer em toda peça orçamentária do Estado. 
 
As emendas parlamentares, que em 2014 passarão de R$ 1 milhão para R$ 1,5 milhão, não são para os deputados e sim para serem destinadas a entidades e prefeituras que não são atendidas no Orçamento do Estado. “São entidades que fazem um trabalho que deveria ser feito pelo governo”, alfinetou o deputado.
 
Para Vereza, há uma tentativa de desgastar a imagem do Legislativo. Ao endurecer o discurso, provocou: “O objetivo é conseguir publicidade da Assembleia?”. E foi além: “Querem acabar com o legislativo?”, questionou, retomando à Revolução Francesa, que estabeleceu a criação dos três poderes. 
 
O deputado petista lamentou o processo de desgaste do Legislativo, lembrando a sessão em homenagem ao Dia do Idoso, em que a Assembleia também foi criticada. “A Assembleia contratar um grupo de forró para animar um evento após um debate, não pode. Mas o governador circular o Estado para cima e para baixo de helicóptero, com combustível pago pelo Estado, pode”, disparou. 
 
Vereza lembrou que a Casa é uma das mais econômicas do País, mas parte da imprensa insiste em apontar as atividades do Legislativo de forma negativa. O desgaste político do poder ocorrido na última década com uma postura de alinhamento exagerado ao Executivo, porém, favorece esse foco. Mas,com os parlamentares em busca de reeleição no próximo ano, as manchetes negativas prejudicam as movimentações políticas.

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