Embora o Palácio Anchieta e a base governista tentem manter as aparências, as insatisfações dos deputados estaduais com o governo do Estado estão cada dia mais aparentes na Assembleia Legislativa. Depois da polêmica do projeto Escola Viva e as críticas aos cortes na área da segurança, agora é a saúde que vira foco dos deputados.
Na sessão desta segunda-feira (30), o tema veio à baila no plenário. O deputado Bruno Lamas (PSB) foi à tribuna questionar o fechamento da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) do Hospital Dório Silva. Na última sexta-feira (27), cerca de 200 profissionais da saúde e usuários do hospital, que fica no município na Serra, realizaram uma manifestação em protesto contra o fechamento da Unidade, que vai ter o serviço transferido para o Hospital Estadual Infantil e Maternidade Dr. Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha.
O deputado criticou a transferência e apelou para a sensibilidade do governo do Estado para manter o serviço na Serra. Ele não foi o único a apelar para ações do governo na área da Saúde.
O deputado Josias Da Vitória (PDT) também usou a tribuna para pedir cuidados com o Hospital da Polícia Militar (HPM). O deputado lembrou que o último concurso para médicos na unidade foi há 22 anos e que o quadro caiu de 80 para 20 profissionais.
O pedetista lembrou que a Assembleia aprovou o Orçamento do Estado no início do ano e as práticas de redução de gastos, mas pediu ao governo que não faça esses cortes na área da saúde.
Outro alvo de críticas na sessão desta segunda-feira foi o secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Roberto Ferreira. O deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) sugeriu aos colegas que não aceitem convite para reuniões com Paulo Roberto no horário das sessões ordinárias. O deputado destacou que muitos deputados têm sido chamados em meio às sessões para comparecer à Casa Civil, o que atrapalha a atividade parlamentar.
Ele foi aparteado pelo deputado Guerino Zanon (PMDB) que reforçou a crítica. “Eu sou do partido do governo, mas concordo”, disse o peemedebista, afirmando que as reuniões não podem ser no período das 15h às 18h.