Senador Contarato, mesmo se confirmada sua saída, é considerado forte cabo eleitoral de Lula no Estado
O já esperado descarte da pré-candidatura do senador Fabiano Contarato ao governo do Estado deverá ser confirmado nesta terça-feira (5), em reunião em Brasília entre os presidentes do PSB, Carlos Siqueira, e do PT, Gleisi Hoffmann, com a participação do ex-presidente Lula. Nesse sábado (2), em Vitória, o Encontro de Tática Eleitoral do PT confirmou a pré-candidatura do senador, à unanimidade.
No encontro foi registrado, também, o posicionamento de correntes internas do partido, cuja disposição é de não compor com a chapa majoritária com o governador Renato Casagrande (PSB), que concorre à reeleição. Por esse motivo, deixou de ser definido o nome do pré-candidato ao Senado pelo PT, que tem como opção os professores Reinaldo Centoducatte e Célia Tavares.
A decisão foi levada à Executiva Nacional, a quem caberá a decisão, considerando as negociações em São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Sul. As negociações entre os dois partidos se arrastam há meses e estão diretamente relacionadas à campanha do ex-presidente, que lidera a corrida para tirar o presidente Jair Bolsonaro (PL) do poder, que é a prioridade da frente partidária formada com o PSB, PCdoB , PV e Rede.
O senador Contarato participa das conversações, a fim de garantir a sua participação ativa no palanque de Lula no Espírito Santo, apesar da suspensão na disputa ao Palácio Anchieta. “Pela sua votação para senador e e o desempenho no Senado, Contarato é forte cabo eleitoral e não pode ser desprezado”, comenta um militante.
A manutenção do nome de Contarato como candidato ao governo depende da desistência do ex-governador paulista Márcio França, a fim de engrossar a campanha ao governo de Fernando Haddad, do PT, que lidera a corrida, mas necessita do apoio do PSB, visando barrar o avanço da direita, especialmente do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato de Jair Bolsonaro.