Prefeito de Barra de São Francisco é apontado como segundo nome na chapa com Casagrande
Ao admitir que poderá desistir de concorrer à reeleição em 2024, o prefeito de Barra de São Francisco (noroeste do Estado), Enivaldo dos Anjos (sem partido), ativa as articulações na formação de chapas para 2026, nas vagas que serão abertas com o término dos mandatos dos senadores Fabiano Contarato (PT) e Marcos do Val (Podemos), e se coloca como segundo nome na chapa com o governador Renato Casagrande (PSB).
Nas projeções atuais, Casagrande deixará o governo para se candidatar ao Senado, dando lugar ao vice-governador, Ricardo Ferraço, estrela maior da festa de filiação do MDB realizada nessa segunda-feira (16), com a participação de prefeitos de municípios importantes, como Cariacica e Colatina, e outras lideranças. Isso significa alterações no cenário das eleições municipais de 2024, incluindo as regiões norte e noroeste, onde Enivaldo exerce influência.
Um dos políticos reconhecidos com mais experiência e traquejo político, caso não consiga colar seu nome para o Senado junto com Casagrande, Enivaldo terá a chance de ser o vice-governador na chapa de reeleição liderada por Ricardo Ferraço, então na chefia do governo do Estado, como comentam os meios políticos. Para tanto, acrescentam, o prefeito deverá definir sua filiação partidária, que pode ser também o MDB.
Em Barra de São Francisco, o prefeito já vem trabalhando para fazer o sucessor. Sem uma oposição relevante, ele amplia seu capital político na região e trabalha com três nomes: a secretária de Educação, Delma Kerr, há oito anos na função; o secretário de Saúde, Elcimar de Souza Alves; e o controlador-geral do município, Wanderson Melgaço. São estes que representam Enivaldo em eventos e são de sua extrema confiança.
As declarações de Enivaldo foram feitas um dia depois da festa de entrega do comando do partido a Ricardo Ferraço, em Cariacica, pelo presidente nacional, deputado federal Baleia Rossi (SP). O ato reforça o projeto do governador Renato Casagrande (PSB) de deixar o governo antes das eleições de 2026 para tentar o Senado, mas desagrada a ala ligada ao ex-governador Paulo Hartung (sem partido), embalada no sonho de ainda vê-lo de volta à disputa eleitoral.