Movimento União & Ação, liderado por Lelo e que reúne filiados históricos, formalizou convocação antes de Rose
Depois de muitas reuniões e tentativas de entendimento, o MDB no Espírito Santo terá apenas uma convenção para eleger os membros da executiva estadual e não duas, como era previsto, em decorrência do racha entre grupos e a publicação de dois editais. O primeiro, do ex-deputado federal Lelo Coimbra, e o outro, da atual presidente da comissão provisória, ex-senadora Rose de Freitas.
Nesta sexta-feira (15), ficou acertado que a convenção será na próxima quinta-feira (21), das 10 às 14 horas, no Cerimonial Oásis, bairro Santa Lúcia, Vitória, local indicado por Rose e aceito pelos demais, com duas chapas concorrendo, uma liderada por ela, outra por Lelo. Para chegar a esse entendimento, foi necessária a interferência do presidente nacional do partido, deputado Baleia Rossi (SP), que conseguiu apaziguar os ânimos.
A presidente da comissão provisória, Rose de Freitas, que está no cargo além dos prazos permitidos pelo Regimento Interno, só publicou o edital depois que o movimento União & Ação, liderado por Lelo e que reúne filiados históricos do partido, formalizou a convocação e registrou uma chapa na sede do partido, nessa quarta-feira (13). Nesse edital, o local da eleição apontado era a Assembleia Legislativa, que foi alterado para o cerimonial Oásis, endereço escolhido por Rose.
Essa mudança de local ocorreu, na visão de alguns convencionais, para “assegurar a realização do evento, posto que duas convenções estariam fadadas ao fracasso, por falta de quórum”. Para esse grupo, “Rose está desacreditada, pois em 30 meses não fez a convenção, que estava prevista para até 31 de agosto e somente será realizada por iniciativa dos municipais e de Lelo Coimbra”.
A principal crítica sobre a gestão da atual presidente é o estado de abandono do partido e de lideranças nos municípios. “Hoje não somos atrativo para quaisquer interesses de filiação e ainda, em face da terceirização, nem mesmo chapas para 2024”, afirma um convencional, que aponta decisões equivocadas de Rose, como o apoio a pré-candidaturas sem ouvir o partido.
O sentimento geral é de que a ex-senadora não estava se esforçando para realizar a convenção, sendo preciso a interferência da direção nacional, que apoiou a iniciativa do grupo ligado a Lelo. A convocação é assinada por 16 presidentes de comissões municipais e ignorou a comissão provisória, obrigando Rose a adotar o mesmo procedimento, garantindo a convenção.