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‘Discursos neonazistas crescem quase 300% nas redes sociais’

Senador Contarato destaca que os alvos são os mesmos: judeus, negros, mulheres, pessoas com deficiência e população LGBTQIA+

“O discurso neonazista atinge nestes dias uma banalidade estarrecedora: temos estudos recentes que apontam um crescimento de grupos neonazistas de quase 300% nos últimos anos. Muito disso se dá pela internet e as redes sociais”, disse o senador Fabiano Contarato (PT), juntando-se às vozes que manifestam uma crescente preocupação, principalmente depois de ataques a escolas.

Em discurso no Senado nessa segunda-feira (8), o senador apontou: “Os alvos são os mesmos: judeus, negros, mulheres, pessoas com deficiência e população LGBTQIA+. Para além da internet, esses grupos promovem ataques na vida real”.

Nos últimos meses, o Brasil viu ataques a escolas promovidos por jovens que se radicalizaram pela ideologia nazista e outros discursos de ódio. Esse é um fenômeno que vem crescendo, principalmente nas redes sociais, e que foi tema de palestra da pedagoga e doutora em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Telma Pileggi Vinha, no último dia 4, na Assembleia Legislativa. De 2002 a 2023, segundo os dados apresentados, foram registrados 22 ataques com violência extrema às escolas no País, sendo que nove ocorreram entre agosto de 2022 e março de 2023.

Fabiano Contarato afirma que o problema se agrava porque as mensagens repercutem no mundo real. “Nós vemos isso quando uma suástica é pichada na universidade; quando um cidadão negro é perseguido no supermercado; quando políticos inescrupulosos tentam reescrever a história em benefício próprio; quando agentes do Estado defendem a tortura como algo natural, mas também quando um coletivo feminista ou LGBT é caluniado; quando uma mulher trans é espancada, agredida ou morta”.

A fala do senador reforça os dados apresentados pela doutora Telma Vinha, que destacou em sua palestra o acesso fácil a perfis da subcultura, que fazem apologia ao neonazismo. Ela destacou que esses perfis se encontram na “superfície de internet, com fácil acesso a todos, e citou plataformas como Call of Duty, Roblox e Minecrft, e chats de games como Dicord, Twitch e Stean, que apresentam conteúdo violento que levam ao sectarismo e ao extremismo, com apologia ao neonazismo.

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