O cenário da disputa por uma vaga para concorrer ao Senado Federal pelo Espírito Santo em 2018 ficou ainda mais difícil, com a entrada agora do militar da reserva Marcos do Val, conhecido como “o brasileiro da Swat”, na lista de pretendentes à cadeira. Ele quer concorrer à vaga pelo PSB, do ex-governador Renato Casagrande.
A tendência é a situação ficar ainda mais confusa até abril, data-limite para o governador Paulo Hartung deixar o cargo e formalizar se irá concorrer à reeleição ou ao Senado.
Embora os candidatos ainda não tenham oficializado a participação no pleito, o mercado político aponta, além de Marcos do Val, mais quatro candidatos. Os dois dos três atuais senadores, Ricardo Ferraço (PMDB) e Magno Malta (PR) e os deputados estaduais Sergio Majeski (PSDB) e Amaro Neto (Solidariedade).
A entrada do “brasileiro da Swat” no mercado pelo PSB deixa um rastro de confirmação de que o ex-governador Renato Casagrande tentará, de fato, o retorno ao Palácio Anchieta, como sugerem suas movimentações. Seu adversário, no entanto, permanece uma incógnita, que somente será decifrada com a definição de Hartung, em abril.
Explica-se. Caso o candidato ao governo seja o atual vice, César Colnago, inflado pelo sopro de Paulo Hartung, fica em aberto um espaço para o partido do vice, o PSDB.
Se Majeski permanecer no partido, o que é difícil, mais uma vez Ricardo Ferraço fica órfão. O deputado joga solto, em decorrência de eficiente atuação na Assembleia Legislativa.
Magno Malta (PR) permanece como está: mal junto aos evangélicos, seu principal reduto eleitoral, enquanto Amaro Neto, com muito potencial eleitoral nas classes mais pobres, necessita de um aval para lhe dar credibilidade. E ninguém melhor para assumir esse papel do que o governador, que, por isso, exerce controle sobre ele.