O proximidade do término do recesso parlamentar, em 6 de fevereiro, intensifica as articulações internas nos partidos, em decorrência do fato de que alguns deputados vão disputar as eleições municipais de outubro. A partir de agora, começa a definição de nomes com maiores chances junto ao eleitorado, por meio de análise de pesquisas e da avaliação sobre a densidade eleitoral de cada pretendente, quando pré-candidaturas já colocadas para o público correm o risco de não prosperar.
Em Vila Velha, segundo maior colégio eleitoral do Estado, o deputado Hércules Silveira, o Dr, Hércules, do MDB, disputa com o vereador Arnaldinho Borgo, também emedebista, a indicação do partido. O parlamentar se encontra em campanha aberta e reúne em seu grupo outros deputados, inclusive dois deputados, Euclério Sampaio (ainda sem partido) e Danilo Bahiense, também apontado como pré-candidato do PSL no município.
Já o vereador, ao contrário do Dr, Hércules, cresce ao se colocar em oposição ao prefeito Max Filho (PSDB), principalmente ao eleitorado mais jovem de Vila Velha. No entanto, não tem chances, levando em conta que Dr. Hércules, que disputa o cargo pela quarta vez, controla o diretório municipal e tem o apoio da executiva estadual. Deve migrar para outra sigla, aproveitando a janela partidária, que permite aos vereadores mudar de partido sem perder o mandato.
Já no PSB, o partido do governador, os pretendentes em Vitória são o deputado estadual Sergio Majeski e o vice-prefeito Sérgio de Sá. Com o desempenho bem avaliado na Assembleia, Majeski é pré-candidato, mas encontra barreiras internas no partido, que ficaram mais expostas nas eleições gerais de 2018, quando foi preterido para concorrer ao Senado, tendo que se candidatar à reeleição.
O partido tende a lançar Sérgio de Sá, cuja densidade eleitoral é baixa, segundo o mercado político. Majeski forma parceria como vereador de Vitória Roberto Martins, da Rede, partido que depois das eleições de 2018 perdeu o acesso à tv e a recursos públicos, por não ter conseguido superar a cláusulas de barreira em decorrência da baixa votação atingida.
O caso mais recente a vir à tona é no PSL, onde dois candidatos disputam a preferência do partido, Capitão Assumção e Carlos Manato. O partido se encontra em crise generalizada, que causou a saída de Jair Bolsonaro e de outras lideranças.
Os dois pretendentes são ligados ao presidente da República, o que desagrada o presidente do partido, deputado federal Luciano Bivar. Sem opção, Bivar substituiu Manato na presidência da sigla, mas, de outro lado, deve mantê-lo como candidato a prefeito, considerando os números de pesquisas internas, que o colocam à frente do deputado Capitão Assumção, com apenas 7% da preferência do eleitorado.