Com a rejeição das contas de 2011 pelo Tribunal de Contas do Estado (TCES), o deputado estadual e ex-prefeito de Guarapari, Edson Magalhães (PSD), busca os últimos recursos para tentar reverter sua situação, que não é nada boa. O processo já foi publicado e seria enviado para a Câmara de Vereadores, terreno árido para o ex-prefeito, que tem apenas quatro aliados no plenário, mas Magalhães ganha tempo com medidas protelatórias.
A confirmação da rejeição das contas pela Câmara abriria caminho para que o deputado, que é um dos favoritos na disputa deste ano no município, pudesse ter a candidatura impugnada pela Justiça Eleitoral, com base na Lei Ficha-Limpa, que considera qualquer decisão colegiada como passível de inelegibilidade.
Com a decisão do TCES, o deputado entrou com um recurso de incidente de suspeição, já que o parecer foi emitido pelo conselheiro Sérgio Borges. O deputado alega que haveria viés político na decisão de Borges, por causa da disputa local. O recurso foi distribuído para o conselheiro Domingos Taufner.
Mas a justificativa de Magalhães, de que negativa de suas contas se devia ao fato de do deputado ter migrado para o PMDB local, que teria influência do conselheiro Sérgio Borges, seria para os meios políticos uma forma de protelar a análise de suas contas pela Câmara.
Além do recurso de incidente de suspeição, Edson também protocolou embargos de declaração, que deve passar pela avaliação do Ministério Público de Contas. Enquanto segura o processo no Tribunal, Magalhães vai tocando sua pré-candidatura.
Agora com o problema partidário resolvido, ele pode voltar a discutir a formação de seu palanque. Depois de desentendimentos no PMDB, o deputado buscou alinhavar sua migração para o PSDB, onde esbarrou na pré-candidatura do presidente da municipal, Carlos Von. Com o impedimento, acabou migrando para o PSD.