A eleição do vereador Enis Gordin (sem partido) como presidente da Câmara de Guarapari, realizada no dia 30 de novembro passado, será definida na Justiça, que até a próxima semana deverá decidir sobre a validade da sessão por meio de análise de liminar concedida nessa terça-feira (11) anulando o pleito.
A medida judicial suspensiva atendeu a mandado de segurança impetrado pelo atual presidente, Wendel Lima (PTB), derrotado na disputa à Assembleia Legislativa nas últimas eleições, e postulante à reeleição na Câmara. Wendel quer realizar nova eleição no próximo dia 20.
Segundo o vereador Marcos Grijó (PDT), eleito segundo secretário na sessão realizada no dia 30, o atual presidente convocou eleição para o dia 30, com 11 assinaturas de apoiadores. No entanto, temendo ser derrotado por um grupo de cinco vereadores independentes, que estava ampliando o apoio, suspendeu a votação no dia 29, usando a o aplicativo WhatsApp, o que não tem legalidade, desconsiderando que a convocação foi feita seguindo o rito normal, inclusive com publicações oficiais.
No dia 30, Marcos Grijó conta que a sessão de votação foi tumultuada porque o presidente mandou fechar o plenário da Câmara e colocou policiais para impedir o acesso, sendo necessário chamar um chaveiro a fim de que a sessão pudesse ser realizada.
A votação resultou na vitória de uma chapa única encabeçada por Enis Gordin, tendo como membros os vereadores Tiago Paterlini (MDB), Lenno Monjardiom (Podemos) e Oziel de Souza (PSC), além de Marcos Grijó.
A nova Mesa Diretora comandará o legislativo municipal no biênio 2019/2020.