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Eleição provoca discussão acalorada em sessão da Assembleia

A sessão desta terça-feira (7) da Assembleia Legislativa, dois dias após as eleições, foi marcada por debates acalorados, mostrando a forte influência do processo eleitoral no plenário. A confusão foi causada ainda no horário do Expediente da Casa.
 
Logo no inicio da sessão, quando os deputados pretendiam votar o regime de urgência encaminhado pelo governo do Estado, que modifica o ingresso nas carreiras da Polícia Militar, o plenário se dividiu. O deputado Paulo Roberto (PMDB) apresentou um requerimento para que o projeto fosse encaminhado ao governador eleito, Paulo Hartung (PMDB), antes de ser analisado pelo plenário da Casa.

Já a deputada Janete de Sá (PMN) apresentou um requerimento para que o horário do Expediente fosse ampliado até a leitura do item que tratava do projeto. O pedido da deputada foi endossado pelo líder do PSB, partido do governador, Eustáquio de Freitas (PSB).

 

A situação gerou uma discussão acalorada entre os parlamentares defensores do atual governo, Freitas, Janete de Sá, Gildevan Fernades (PV) e Gilsinho Lopes (PR), que se revezaram nos microfones de aparte com os apoiadores do governador eleito, Paulo Roberto (PMDB), Elcio Alvares (DEM) e Euclério Sampaio (PDT), que conseguiram interromper a votação.

Para os meios políticos, a situação na Casa nesta terça-feira dá o tom da interferência de Hartung nos trabalhos do legislativo estadual, apenas dois dias depois de sua eleição. Prática que permeou os oito anos de seu governo.A ideia é evitar projetos que venham a criar gastos permanentes para o próximo governo. 

Críticas

 
Passada a confusão dos requerimentos, outro tema tomou conta da sessão. Os deputados que não estarão na Casa no próximo ano também criticaram o sistema de votos em legenda. Vandinho Leite (PSB), que foi candidato a deputado federal e não conquistou o pleito, apesar dos 86 mil votos, também aproveitou o momento para agradecer a seus eleitores.
 
Já o deputado José Esmeraldo (PMDB), que teve 23 mil votos e não se elegeu pelo sistema de legendas, ficando fora da Casa por 140 votos, fez duras críticas à votação proporcional. Para o deputado, a eleição deveria atender ao desejo do eleitor, garantindo a eleição dos 30 deputados mais bem votados para a Assembleia, assim como os 10 mais bem votados para a Câmara dos Deputados.

O PMDB, de José Esmeraldo, formou um chapão com o DEM e o PEN para a eleição estadual. Do PMDB, sete deputados disputaram a reeleição e apenas três se reelegeram – Marcelo Santos, Luzia Toledo e Hércules Silveira – e não conseguiram o novo mandato Esmeraldo, Esmael Almeida e Solange Lube. Paulo Roberto não disputou a reeleição.

No DEM, apenas Theodorico Ferraço se reelegeu. Elcio Alvares e Atayde Amani ficaram fora da nova legislatura. O vice-prefeito de Vila velha, Rafael Favato (PEN), foi quem ficou com a última vaga da coligação, com 140 votos a mais que José Esmeraldo. 

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