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Em crise financeira, prefeitos buscam ajuda no governo

Antes mesmo da posse, o governador Paulo Hartung (PMDB) se reuniu com os prefeitos do Estado e adotou o discurso de que a eleição havia passado. Frisou que não havia ressentimento pelo fato de a maioria ter apoiado Renato Casagrande (PSB) na eleição. 
 
Mas no primeiro encontro depois da disputa, ele destacou o secretário de Ciência e Tecnologia, Guerino Balestrassi (PSDB), que já havia presidido a Associação dos Municípios do Estado (Amunes), para dar a má notícia aos prefeitos. “Não há dinheiro para nada”.

 

Com a corda no pescoço desde a posse, os prefeitos cobraram ajuda, mas até o momento não viram a cor do dinheiro, muito pelo contrário, dentro das chamadas medidas de austeridade, o governo pôs fim ao Fundo Cidades, um recurso de repasse direto do governo para o município, que vinha ajudando a equilibrar as contas. 

 
Sem a ajuda, os municípios não têm como se manter. Muito por culpa de uma visão econômica do governo Paulo Hartung que torna vulnerável a economia do Estado – apostando no mercado de commodities, produto vulnerável internacionalmente – e sem investimento na economia local e na autonomia das cidades.
 
A tal descentralização para o interior não aconteceu no governo Hartung e nem no governo de Renato Casagrande e o fim de recursos como o Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap) agravou a situação e tornou as cidades mais dependentes do poder estadual. 
 
Com a proximidade da eleição de 2016 e a divulgação do balanço com superávit, a relação não passa a ser complicada entre o Palácio Anchieta e os prefeitos. Até porque, na eleição de 2014, Hartung contou com o apoio dos adversários dos prefeitos na campanha e deve ajudá-los na eleição do próximo ano.  
 
A reeleição do aliado do governador Dalton Perim (PMDB) à frente da Amunes pareceu uma medida de contenção de possíveis revoltas, mas nos meios políticos, a impressão é que isso não vai resolver os problemas, e a pressão dos municípios pode aumentar ao longo de 2015.

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