A referência é à lei aprovada com ampla maioria na Câmara e sancionada nessa quinta-feira (10) pelo prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos), que neutraliza o decreto estadual que pede que seja obrigatória a cobrança de comprovante de vacinação na entrada de espaços fechados como bares, restaurantes e pandemia, como medida para buscar proteger a população e incentivar a vacinação. O projeto teve autoria do vereador bolsonarista Gilvan da Federal (Patriota), que lidera o negacionismo na Casa. Ele chegou a ir a câmaras de outros municípios junto a políticos para pressionar pela aprovação de projetos similares, tendo entrado em conflito com legisladores na Câmara da Serra, quando Anderson Muniz (Podemos) discutiu de forma enérgica com Gilvan.
Outro episódio recente da Casa de Leis da Capital foi a retirada do título de Cidadão de Vitória ao secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, que havia sido concedido por Karla Coser por conta de sua atuação no cargo durante a pandemia.
No discurso na Festa da Criatividade, Casagrande também criticou a violência política de gênero. “Se a gente tivesse de fato essa riqueza que precisa ter cada vez mais explícita em políticas públicas e que isso pudesse contaminar a sociedade, as nossas vereadores não seriam agredidas como são na Câmara de Vereadores”, disse o governador, em referência indireta às constantes agressões a Karla e também à sua colega de parlamento Camila Valadão (Psol).
Além disso, Renato Casagrande enalteceu a atuação de seu governo na área cultural, destacando a liderança do secretário de Estado da Cultura, Fabricio Noronha, e saudou a presença de secretários de cultura de diversos estados do país, que participam em Vitória da reunião do Fórum de Secretário e Dirigentes Estaduais de Cultura, atualmente presidido por Noronha. O governador participou antes de um encontro do Fórum, que deve publicar a Carta de Vitória, com apontamentos que consideram importantes para o setor diante dos desafios a nível nacional.
Casagrande ainda exaltou a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que chegou a ser sua colega na Câmara Federal e liderou o processo de aprovação da Lei Aldir Blanc, de apoio emergencial à arte e cultura, e do ex-ministro Juca Ferreira, que destacou como “extraordinário ministro da Cultura”, e Célio Turino, do Instituto Casa Comum e do projeto Scholas, do Vaticano, com quem o governo capixaba vem construindo uma parceria por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes).