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Enivaldo quebra tom de festa na Assembleia e critica MP e Tribunal de Justiça

“A nossa manifestação é para lamentar profundamente o descaso do poder Judiciário e do Ministério Público em não comparecer a uma solenidade abertura da Assembleia Legislativa. Assembleia que eles conhecem muito, porque toda vez que tem orçamento aqui eles aparecem nos corredores e nos gabinetes dos deputados buscando apoio e ajuda para os seus interesses”. 

Com esse fala, o deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) desandou o clima festivo de abertura da 19ª Legislatura, que marcou nesta segunda-feira (3) o início dos trabalhos na Assembleia Legislativa, em uma sessão esvaziada de autoridades e recheada de discursos de troca de elogios. Enivaldo fazia referência ao não comparecimento do desembargador Ronaldo Gonçalves de Souza, presidente do Tribunal de Justiça, e Eder Pontes, procurador-geral de Justiça, que sequer enviaram representantes. 

Entre as autoridades que prestigiaram a sessão solene, realizada no Plenário da Assembleia com várias cadeiras vazias, a vice-governadora, Jaqueline de Moraes (PSB), representando o governador, que está em Brasília, o vice-presidente do Tribunal de Contas, Domingos Tauffner, e o secretário-chefe da Casa Civil, David Diniz, além de representantes da Defensoria Pública e de parlamentares da bancada federal.  

Para Enivaldo dos Anjos, a maioria dos poderes tenta se considerar isolada do Executivo e do Legislativo, como se fosse a parte boa da representação pública e o Legislativo e o Executivo as partes que merecem todas as críticas, todas as desonras, principalmente colocadas pela imprensa. “É fácil e nós sabemos disso e aqui no Espírito Santo aprovamos um orçamento e sabemos que só o poder Judiciário consome R$ 1,1 bilhão do imposto da população e o Ministério Público mais R$ 200, quase R$ 300 milhões”. 

Depois de citar a necessidade de estar alerta para a  economia, acrescentou”: “E nós caminhamos nessa dificuldade permanente de economia, às vezes ruim, às vezes equilibrada, e sabemos da responsabilidade de dar conta da coisa pública não é só do Executivo e do Legislativo, é também desses poderes, especialmente do Judiciário, onde os pobres buscam Justiça, que, às vezes chega 10, 15 anos após, levando a conflitos e até à morte”.   

O parlamentar relembrou que a Assembleia tem sido parceira dos outros poderes e destacou que recentemente aprovou uma lei em benefício do Ministério Público, que hoje “nem se dá ao luxo de comparecer à abertura do ano legislativo. O Tribunal de Justiça e o Ministério Público começaram mal com a Assembleia Legislativa”. 

Além de Enivaldo, também o deputado José Esmeraldo (MDB) subiu o tom, ao afirmar que 2020 será um ano difícil, referindo-se às eleições municipais de outubro. “Vou botar areia na farofa de muito pilantra e quem tem rabo preso não vai ter como esconder o rabo”, disse, e destacou as perseguições políticas, que, para ele já começaram. “Vai ser ano de vaca não conhecer bezerro”, ressaltou. 

José Esmeraldo é pai do vice-prefeito de Vitória, Sérgio Sá (PSB), exonerado do cargo de secretário de Obras da Capital, na última sexta-feira (31), 24 horas depois de anunciar sua pré-candidatura a prefeito de Vitória, colocando-se em oposição ao prefeito Luciano Rezende e ao seu candidato ao mesmo cargo, deputado Fabrício Gandini, ambos do Cidadania.  

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