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Enivaldo volta atrás e rasga renúncia da CPI da Sonegação

O deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) voltou a surpreender os meios políticos ao aparecer na reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito da Sonegação, na manhã desta terça-feira (29). Isso porque, na semana passada, o parlamentar havia anunciado sua renúncia da presidência do colegiado. Ele não só apareceu na reunião como rasgou o documento de renúncia na frente dos demais parlamentares. 
 
Diante do impasse, os deputados decidiram fazer uma reunião interna para definir os próximos passos da CPI. Ao lado de Enivaldo estava o deputado Marcus Mansur (PSDB), que na semana passada foi alçado ao posto de presidente da Comissão. Enivaldo dos Anjos não quer mais continuar na presidência e sugeriu que haja rotatividade dos demais membros na função. Porém, disse que não deixará a Comissão.
 
Quem não estava na mesa era o deputado Cacau Lorenzoni (PP), que foi o pivô do descontentamento de Enivaldo na semana passada. Cacau, que é o relator da CPI, disse que recebeu documentos da Vale na terça passada (22) e que por isso, adiaria o depoimento do presidente da empresa, Murilo Ferreira.
 
Enivaldo se irritou com a decisão e deixou a reunião contrariado com a notícia, dando a entender que os membros da CPI estavam sendo condescendentes com o presidente da Vale.
 
No mesmo dia, durante a sessão ordinária, os personagens do episódio se pronunciaram. Mansur disse que caiu de paraquedas na presidência da CPI. Cacau repetiu o discurso dito na reunião do colegiado e Enivaldo desafiou os colegas a convocarem Murilo, que segundo ele, “diz aos quatro cantos do Estado que não pisa mais na Assembleia”, depois de um depoimento em que foi pressionado na CPI do Pó Preto. 
 
Além de Enivaldo, Cacau e Mansur, completam a CPI os deputados Guerino Zanon (PMDB) e Padre Honório (PT).

Depois do presidente da Vale, a CPI da Sonegação de Tributos da Assembleia Legislativa do Espírito Santo adiou também a convocação do presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, para depor no inquérito que apura um rombo de mais de R$ 9 bilhões nas finanças estaduais (dívidas fiscais já convertidas em Certidões de Dívida Ativa) e de mais de R$ 4 bilhões nos cofres dos municípios produtores de petróleo em ISS.

A decisão foi tomada por dois votos a um, na rápida sessão de pouco mais de dez minutos, realizada na manhã desta terça-feira (29), quando o deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) reassumiu a presidência, depois de ter abandonado a sessão da última semana, revoltado com a prorrogação da convocação do presidente da Vale, Murilo Ferreira.

Enivaldo foi voto vencido também quanto à convocação imediata de Ricardo Vescovi. Os deputados Guerino Zanon (PMDB) e Marcos Mansur (PSDB) votaram pelo adiamento da convocação do presidente da Samarco. Devido ao impasse da última sessão, ninguém foi convocado para depor nesta semana, mas, para a próxima terça-feira (6), será convocada Marli Oliveira Carvalhinho, que protocolou na Ales pedido para ser ouvida sobre sonegação na CPI.

Por proposta do deputado Marcos Mansur, os deputados-membros da Comissão se reunirão nesta terça-feira (29), às 18 horas, após a sessão ordinária, na sala ao lado do Plenário Dirceu Cardoso, para discutirem os rumos da CPI da Sonegação.

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