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Entidades e partidos criam fórum em defesa dos trabalhadores capixabas

Fórum defende reação incisiva ao governo Bolsonaro e critica ações da gestão estadual durante a pandemia

Uma reunião online nessa terça-feira (26) criou o Fórum em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores Capixabas e Brasileiros Durante e Depois da Pandemia, reunindo representantes de diversos partidos e movimentos sociais preocupados com os rumos das políticas a nível estadual e nacional. 

Foi criado um comitê para pensar ações de denúncia a princípio sem ir às ruas, por meio de mobilizações virtuais e ações dos trabalhadores em suas casas com faixas e bandeiras nas janelas ou com carros de som. Mas também estão sendo pensadas atividades de solidariedade nos locais de maior necessidade, como as periferias.

Com 51 participantes que integram partido como Psol, PCB, PSTU e Rede, além de centrais sindicais como Intersindical, USB, Pública, CUT, CSP-Conlutas, sindicatos, movimentos de direitos humanos, juventude, estudantes e outros, o encontro apontou para a necessidade de enfrentamento mais incisivo ao governo Jair Bolsonaro e tudo que ele representa, denunciando as ações desastradas no âmbito da saúde, mas também o “entreguismo do patrimônio público”, evidente nas declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes”.

No âmbito estadual, a insatisfação do conjunto de entidades representadas também se manifesta. “Avaliamos que não ter testagem em massa é um problema sério e o inquérito sorológico mostra que não temos uma estrutura de saúde que comporte a necessidade da população. Mesmo assim ainda houve flexibilização, e ainda temos os problemas com a segurança de trabalho para os profissionais da saúde”, aponta Toni Gomes, um dos articuladores do Fórum.

Ele conta que as divergência com o governo Renato Casagrande começaram no momento em que foi criado o cálculo para classificar os municípios como de risco alto, moderado ou leve, e ao observar conflito de informações entre a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e o Palácio Anchieta. “Enquanto a Sesa dizia que tinha previsão de 600 mortes e talvez mais radicalidade nas medidas, Casagrande dizia que estava tudo sobre controle e não havia motivos para preocupação e nem hospital de campanha”, pontua Toni.

Segundo o representante do Fórum, a situação se agravou quando a curva no painel continua subindo e o governador anunciou a abertura do comércio na Grande Vitória, epicentro da contaminação no Estado, “sem garantias para o conjunto dos trabalhadores”. Além de outras questões, como a situação dos cobradores de ônibus, que tiveram suas atividades suspensas e realizaram protestos.

Entre as pautas que devem ter força nas reivindicações do fórum estão a garantia de recursos para a saúde no Estado e o combate à desoneração fiscal para destinar recursos para este fim;  a gestão pública de todos os leitos hospitalares no Espírito Santo, sejam públicos ou privados; e a cobrança por ações concretas para garantir a vida e a manutenção do isolamento pela população capixaba, como a renda emergencial para os mais vulneráveis.

Outro ponto que deve ter destaque é a denúncia contra o ensino à distância (EAD) representado pela implementação do programa EscoLAR, que no entendimento da articulação, “tem causado diferença social e provocado a não garantia da igualdade entre estudantes de todo o Estado”.

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