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Especulações sobre renúncia de Rose à candidatura geram clima de tensão

Informações dando conta de que a senadora Rose de Freitas (Podemos) poderia renunciar à candidatura ao governo do Estado gerou um clima de tensão no cenário político do Estado nessa quinta-feira, só esclarecido nesta sexta-feira (21), depois que pessoas da equipe da campanha dela afirmaram que os rumores não teriam qualquer chances de serem verdadeiros. 

No entanto, nessa quinta, pessoas ligadas à candidata divulgaram informações sobre a possibilidade de desistência da senadora na corrida ao Palácio Anchieta, decisão que teria sido tomada depois do encontro dos candidatos ao governo e ao Senado com a classe empresarial, na sede da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes). 

Segundo essas informações, a senadora teria chorado ao comentar a sua desistência com um grupo de pessoas, na saída da sede da Findes, motivada por inúmeras dificuldades enfrentadas no decorrer da campanha. No mercado político, circulam informações de que o empresário paulista Luiz Pastore (MDB), primeiro suplente na chapa de Rose, teria interferido para fazê-la desistir da ideia. 

Durante sabatina na sede da Findes, Rose afirmou que vai combater a sonegação fiscal no Espírito Santo para ampliar investimentos – uma possibilidade, por exemplo, para contemplar as polícias Civil e Militar e qualificar a área de Segurança Pública. 

“Por mais que o setor produtivo seja organizado, a sonegação fiscal de nosso Estado é muito alta. Disseram que se eu falasse isso perderia essa eleição. Gostaria muito de ganhar a eleição, mas não vou esconder aquilo que eu penso. A sonegação é de mais de R$ 5 bilhões por ano, veja o que dá para se fazer com esse recurso”, disse a candidata.

E acrescentou: “Sabemos que a Polícia não paga um bom salário, mas como vamos pagar um bom salário? Combatendo a sonegação fiscal será possível prover recursos para a revisão salarial”.

Rose também afirmou aos empresários presentes no evento que é preciso equilíbrio para medir o custo-benefício de incentivos fiscais para não causar prejuízos ao Estado. 

“Os incentivos fiscais [para a atração de indústrias e investimentos] têm de ser selecionados caso a caso, conforme o que será produzido ou não por aquele incentivo. O Estado concede, o Estado incentiva, mas o resultado disso tem de ser a favor da população”, observou.

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