Liderado pelo movimento estudantil, ato em Vitória terá concentração na Ufes, e ocorre simultâneo a outros convocados no País
“Vamos às ruas no dia 29 de maio em unidade com quem está ao lado do povo e da classe trabalhadora pelo ‘Fora Bolsonaro’, vacinação em massa, em defesa do SUS [Sistema Único de Saúde], da educação e dos serviços públicos, pela vida de todos os brasileiros e por auxílio emergencial de no mínimo R$ 600”, aponta a integrante da diretoria do DCE/Ufes, Elissa da Silva Soeiro.
Para ela, o líder do Executivo deve ser responsabilizado pela marca de quase meio milhão de vidas perdidas durante a pandemia. “Além de lidar com o luto, enfrentamos o desemprego, a fome, direitos retirados através das inúmeras reformas na tentativa de ‘passar a boiada’ para cima dos mais pobres, isso sem falar da brutalidade policial nas favelas brasileiras e o extermínio do povo preto e dos povos originários”, declara.
Entre os trabalhadores, tem adesão da Central Única dos Trabalhadores no Espírito Santo (CUT-ES), do Sindicato dos Trabalhadores na Ufes (Sintufes), da secretaria estadual da Central Sindical e Popular Conlutas (CSP Conlutas/ES), do Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro/ES) e da seção sindical no Ifes do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe/Ifes).
Em razão da pandemia do coronavírus, a organização do protesto arrecada máscaras, álcool em gel e borrifadores, que serão oferecidos por uma comissão de biossegurança no ato. A instalação de fitas elásticas para separação das fileiras de manifestantes também é uma estratégia sanitária planejada para o próximo sábado.
Nas redes sociais das entidades organizadoras, a orientação é que os participantes utilizem máscaras durante todo o ato e tentem manter o distanciamento. “A gente sabe que ir pra rua nesse momento é complicado, mas estamos indo com responsabilidade, queríamos não precisar ir, só que o vírus que está matando a gente não é só o corona, é o governo Bolsonaro”, declara a presidente da CUT-ES, Clemilde Cortes Pereira.
Para ela, a mobilização conjunta entre trabalhadores e o movimento estudantil é fundamental para a reivindicação dos direitos. “A pauta dos estudantes não é diferente do que defende a Central Única dos Trabalhadores”, pontua.