O quadro de coligações partidárias do governador Paulo Hartung (PMDB) fica ainda mais reduzido com a decisão da cúpula do PSB nacional, reunida em São Paulo, que exige apoio do PSDB a seus candidatos nos estados em troca de apoio à candidatura presidencial de Geraldo Alckmin.
Como o PSB no Espírito Santo é comandado pelo ex-governador Renato Casagrande, cotado como candidato ao governo, a troca desses apoios fica difícil no Espírito Santo, já que o PSDB capixaba é presidido pelo vice-governador César Colnago e uma das bases de sustentação do governador Paulo Hartung.
Matéria divulgada no jornal Folha de S.Paulo nesta quinta-feira (22) informa que a cúpula do PSB só apoiará o governador Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa presidencial se houver apoio de seu partido aos candidatos do PSDB nos estados, entre eles, o Espirito Santo.
Segundo a Folha, o vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), e outros dirigentes do partido “listaram os estados onde reivindicam o apoio do PSDB aos candidatos do PSB aos governos”.
Espírito Santo e Tocantins, além do Distrito Federal, estão na listagem apresentada na reunião de cúpula do partido, ficando decidido o enquadramento dos tucanos nos estados, visando apoio à candidatura de Alckmin à Presidência da República.
O PSDB no Espírito Santo, presidido por Colnago, sofreu recentemente um baque com a saída do ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas, do grupo “PSDB Autêntico”, liderado pelo prefeito de Vila Velha, Max Filho.
O partido ficou menor com a saída de Luiz Paulo, situação que, somada às divisões internas da sigla, prejudica os planos de Hartung e obriga Colnago a buscar composições que possam garantir mais opções ao projeto de reeleição do governador.
Para agravar ainda mais a situação, o nome do prefeito de Vila Velha, Max Filho, surgiu como provável concorrente ao governo. Como líder do grupo “PSDB autêntico”, Max ainda não confirmou se entra ou não na disputa.