A Rede Sustentabilidade faz um movimento no próximo sábado (25) que aquece o cenário de 2018. Embora os meios políticos não acreditem que o prefeito da Serra Audifax Barcelos (Rede) encare uma disputa ao governo na eleição de 2018, a aproximação com o PSB pode trazer uma mexida no tabuleiro eleitoral.
Porta-voz da Rede no Estado, Gustavo De Biasi afirmou à coluna Plenário de A Tribuna (21/11/17) que em nível nacional a legenda tem se aproximando do PSB e há uma grande chance de essa aliança se repetir no Espírito Santo. Essa movimentação pode atrapalhar a articulação entre o ex-governador Renato Casagrande e a senadora Rose de Freitas (PMDB).
Em uma aliança com a Rede, o ex-governador pode se lançar ao Senado ou se apresentar como solução para que Audifax não dispute o governo, abandonando a prefeitura em meio ao mandato, o que o colocaria em situação complicada com o eleitorado da Serra.
Na articulação com Rose, a possibilidade de composição se restringe a Casagrande ao Senado e Rose disputando o governo do Estado, já que esse é o único cargo que ela poderia disputar no próximo ano. Nos bastidores, os comentários são de que nos últimos tempos as conversas entre o ex-governador e a senadora se complicaram o que favoreceria a busca de novos parceiros para 2018.
Além disso, a movimentação do governador Paulo Hartung, voltado para o cenário nacional, estimula a possibilidade de Casagrande disputar o governo. Como o governador permanece no PMDB, também complica a situação de Rose, em uma eventual disputa interna no partido, com Hartung controlando as lideranças dentro e fora da sigla.
No início do mês o PSB se reuniu com dirigentes da Rede em nível nacional. Do encontro também participou o ex-governador Renato Casagrande. Presidente do Instituto socialista João Mangabeira, o ex-governador foi o responsável pela elaboração do plano de governo, que o partido pretende encabeçar para a disputa do ano que vem.
É dentro desses parâmetros que busca a aproximação com a Rede de Marina Silva. A redista foi vice de Eduardo Campos, em 2014, e se tornou a candidata do PSB à Presidência da República, após a morte do presidenciável.