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Ferraço ganha direito à reeleição, mas fica na mão do Palácio Anchieta

A movimentação dos deputados estaduais Élcio Álvares (DEM) e José Carlos Elias (PTB) em protocolar uma nova PEC para garantir a reeleição do atual presidente da Casa, Theodorico Ferraço (DEM), mudou a configuração do embate entre o deputado e o governo do Estado.

Se a PEC anterior fortalecia Ferraço, porque propunha a reeleição a contragosto do governador Renato Casagrande, o novo processo foi feito em consonância com o Palácio Anchieta, por intermédio da Casa Civil.

O deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM) precisou de interlocutores para conseguir dar sequência ao projeto de reeleição, o que para os meios políticos o deixa em uma posição bem diferente da anterior em relação ao governo. Agora, ele fica dependente do Palácio e o próprio presidente da Casa já teria entendido esse recado.

Tanto que diminuiu o tom das críticas ao governo do Estado em relação ao abono aos servidores da Assembleia de R$ 2 mil. Se antes Ferraço bateu de frente com o governo, sua postura agora é conciliadora, evitando o embate.

Os deputados agora devem correr contra o tempo para aprovar a proposta antes do recesso. Isso porque esse tipo de matéria não pode ter pedido de urgência e deve ser aprovada em dois turnos, com quorum qualificado. Aprovada a PEC, Thedorico pode construir sua candidatura à reeleição. O pleito acontece em fevereiro do ano que vem.

A nova proposta foi feita com o objetivo de permitir a recondução de Ferraço, e diferente da anterior, garante a participação na disputa de um deputado que não tenha cumprido o mandato inteiro à frente da Casa, que é de dois anos. Ferraço assumiu a presidência no início deste ano, com a renúncia do então presidente da Casa, Rodrigo Chamoun (PSB), que assumiu uma cadeira no Tribunal de Contas do Estado (TCES).

Depois de uma disputa municipal em que o deputado saiu desgastado, com a derrota de seus aliados, a presidência da Assembleia se torna um espaço de interesse para manter seu capital político. O governador Renato Casagrande não é simpático à presença de Ferraço à frente da Assembleia, por conta de seu comportamento intempestivo, mas depois do reajuste na PEC e da conversa com a Casa Civil, a situação parece contornada.

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