Lançado oficialmente, Allan Ferreira ainda definirá com aliados quem disputará a prefeitura
“Democracia é isso: é a fala, é discutir o que é melhor para Cachoeiro. Ficarei muito feliz se for o pré-candidato escolhido pelos cachoeirenses”.
A fala é do deputado estadual Allan Ferreira, lançado oficialmente pelo partido Podemos como pré-candidato a prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, em evento realizado na Câmara de Vereadores nesse sábado (16).
O encontro contou com a presença de parlamentares e lideranças do Podemos no Estado, incluindo o presidente estadual da sigla, o deputado federal Gilson Daniel, e dois colegas de Ferreira na Assembleia Legislativa: o presidente, Marcelo Santos, e Alexandre Xambinho. Daniel afirmou na ocasião que a candidatura de Allan terá “o apoio do governador Renato Casagrande (PSB) e da Assembleia Legislativa”.
Entretanto, quem também marcou presença foi o deputado estadual Bruno Resende (União) e o secretário de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho de Vitória, Diego Libardi (Republicanos), que formam com Allan o “grupos dos três” pré-candidatos: dentre eles, quem estiver mais bem colocado nas pesquisas é que sairá como candidato, e os outros dois apoiarão. Em seus discursos, os aliados de Ferreira fizeram questão de ressaltar o acordo firmado.
“Os interesses partidários não podem ser diferentes dos interesses das pessoas. E é olhando nos olhos das pessoas e escutando o que as ruas querem que, despido de vaidades e descalço, se preciso for, que nós vamos fazer Cachoeiro tomar o rumo certo do desenvolvimento”, discursou Bruno Resende, pedindo apoio do Podemos e do Republicanos caso seja ele o escolhido.
“O extremismo não vai, de forma nenhuma, produzir resultados para o desenvolvimento da cidade de Cachoeiro. Eu, Bruno e Allan temos um diálogo harmônico, democrático e produtivo para a cidade de Cachoeiro de Itapemirim”, afirmou Diego Libardi.
Outra pré-candidata que se juntou ao grupo recentemente é a ex-secretária de Desenvolvimento Social Márcia Bezerra, que deixou recentemente o Podemos para se tornar a presidente do Partido Renovação Democrática (PRD), em uma articulação eleitoral do próprio Allan – que rompeu com o prefeito Victor Coelho (PSB) após a exoneração de Márcia.
“E eu vou estar em um grupo, sim, que vai ser vitorioso, porque é um grupo que ama Cachoeiro”, discursou no evento a ex-secretária.
Candidaturas afunilando
O “grupo dos três” tende a se beneficiar com a saída da disputa do vereador de extrema direita Júnior Corrêa (PL), por representar mais claramente a direita no município. Considerado um dos favoritos para a Prefeitura de Cachoeiro, Corrêa anunciou na semana passada que deixará a vida pública para se tornar padre.
O deputado estadual Callegari assumiu a presidência do diretório municipal no lugar de Júnior. Uma alternativa de candidato a prefeito pela sigla seria o vereador Léo Camargo, apesar de ele ter preferência em concorrer novamente a uma vaga na Câmara Municipal.
Na esquerda, a Federação Brasil da Esperança (PCdoB, PV e PT) deverá referendar o ex-prefeito Carlos Casteglione (PT) como seu candidato na disputa majoritária de outubro, em uma plenária marcada para o próximo dia 1º de março, na Câmara de Vereadores. O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) chegou a manifestar desejo de apresentar um pré-candidato, mas Casteglione tem sido apontado como nome de consenso.
O empresário Wesley Corrêa (Rede), que é próximo do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Cachoeiro (Sindipúblicos), também lançou pré-candidatura no início deste mês de fevereiro, mas a federação formada por Rede Sustentabilidade e Partido Socialismo e Liberdade (Psol) negocia uma chapa com Carlos Casteglione.
Atualmente, a pré-candidatura que representa o grupo do prefeito Victor Coelho é a da secretária municipal de Obras e Manutenção e Serviços, Lorena Vasques (PSB). Coelho é o principal aliado de Renato Casagrande no sul do Estado, mas todos os outros pré-candidatos – com exceção do PL – apoiam o governador e disputam a sua preferência.