quinta-feira, novembro 21, 2024
24.4 C
Vitória
quinta-feira, novembro 21, 2024
quinta-feira, novembro 21, 2024

Leia Também:

Frente progressista tem quatro pré-candidatos a prefeito em Guarapari

Um dos nomes é o ex-deputado federal Ted Conti, além de quadros do PT, PV e Psol

Em Guarapari, na região metropolitana do Estado, o campo progressista tem quatro nomes que se colocam como pré-candidatos a prefeito: Ted Conti (PSB), José Amaral (Psol), Oylas Pereira (PT) e Zazá (PV). Entretanto, os partidos têm sinalizado para a possibilidade de que apenas um deles represente o campo nas eleições municipais de outubro deste ano.

O cenário eleitoral da cidade foi debatido em uma reunião da “Frente Guarapari que Queremos”, realizada nessa terça-feira (26). O grupo, composto por partidos e organizações progressistas do município, se formou no início deste ano, com o objetivo de criar um fórum permanente de discussão e proposição de ações para a cidade.

Dentre os nomes apresentados, o mais conhecido é o do jornalista Ted Conti, que não esteve presente na reunião. Ele já era apresentado como pré-candidato no mercado local. Em 2018, Ted ficou na suplência, como terceiro deputado federal mais votado do Partido Socialista Brasileiro (PSB), com 42,5 mil votos. Ele assumiu a cadeira com a ida de Paulo Foletto para a Secretaria de Estado da Agricultura. Nas eleições de 2022, já fora da Câmara, devido ao retorno de Foletto ao cargo, ele obteve 11,2 mil votos e não conseguiu se eleger. Depois, foi nomeado subsecretário de Estado de Articulação de Políticas Intersetoriais, e poderia ganhar o apoio declarado do governador Renato Casagrande (PSB) em uma eventual disputa.

José Amaral, por sua vez, é investigador da Policial Civil e professor de História. Especialista na história de Guarapari, participou ativamente da demarcação da comunidade quilombola Alto do Iguape. Amaral é um dos fundadores do Psol no município e foi candidato a prefeito pelo partido em 2016, obtendo 794 votos.

Já Oylas Pereira é ex-vereador, policial civil aposentado e liderança comunitária. Militante histórico do Partido dos Trabalhadores (PT), Oylas enfrentou uma disputa interna dentro da sigla com Bárbara Hora, outra pré-candidata a prefeita que anunciou sua desistência nos últimos dias.

Por fim, Zazá já foi presidente da Associação de Moradores do Bairro Santa Mônica. Vereador eleito em 2016 e 2020, ele foi cassado no ano passado pelo fato de a Justiça Eleitoral ter anulado todos os votos do seu então partido, o Podemos, por descumprimento da cota de gênero. Agora, se apresenta para a disputa majoritária pelo Partido Verde (PV), que forma a Federação Brasil da Esperança junto ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e ao PT.

“Foi uma reunião muito rica e construtiva. Não definimos o nome, mas definimos que é, sim, possível fazer uma única campanha pela unidade. A escolha do candidato se dará nos próximos momentos, a partir da definição de critérios coletivos”, relata Juliana Souza, da Organização Não Governamental (ONG) Gaya Religare.

Ao todo, a “Frente Guarapari que Queremos” engloba os partidos PT, Psol, PSB, PCdoB, PV e Unidade Popular pelo Socialismo (UP). As organizações da sociedade civil que estão no grupo incluem Gaya Religare, Levante Guaiburense (Morro de Guaibura), Coletivo Diversidade, Resistência e Cultura (DRC), Movimento Mulheres que Lutam (MQL) e Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Guarapari.

“Mais do que fazer uma campanha para ‘a’ ou ‘b’, a gente quer que as candidaturas ouçam o que a frente ampla tem a dizer, para que possam, inclusive, colocar nos seus programas”, explicou Emily Marques, do Movimento Mulheres que Lutam (MQL), em entrevista ao programa Política ES, da TV Século.

Nesta quarta-feira (27), haverá um encontro do grupo aberto ao público, no bairro Muquiçaba, às 19h, para debater ações de comunicação.

Outros pré-candidatos

O atual prefeito de Guarapari, Edson Magalhães (PSDB), que não poderá concorrer à reeleição, anunciou em um evento nessa segunda-feira (25) que apoiará uma chapa com dois secretários de sua gestão na disputa para sucedê-lo: Emanuel Vieira, da pasta de Obras, e Tamili Mardegam, da Secretaria de Educação.

Vieira deverá ser o candidato a prefeito, concorrendo pelo União Brasil, e Mardegam ficará como vice, mas ainda não definiu por qual partido. A chapa surgiu de um acordo entre Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), União Brasil e Partido Democrático Trabalhista (PDT).

Outro forte pré-candidato a prefeito em Guarapari é o deputado estadual Zé Preto. Ele foi eleito em 2022 com 15,9 mil votos, sendo 12,2 mil somente na cidade que lhe serve de reduto, e também já havia cumprido dois mandatos como vereador. Após ter as portas fechadas no Partido Liberal (PL), pelo fato de ter se incorporado à base do governador Renato Casagrande, ele migrou para o Progressistas (PP).

Sem Zé Preto, o PL tem cogitado lançar o também deputado estadual Danilo Bahiense como pré-candidato a prefeito. Ainda não há certeza se Bahiense será, de fato, o nome escolhido, mas o mais provável é que a sigla lance um candidato próprio para representar o campo bolsonarista.

Da Câmara de Vereadores, duas figuras têm se apresentado como pré-candidatos para a disputa majoritária deste ano: Rodrigo Borges (Republicanos), opositor de Edson Magalhães, e Wendel Lima (MDB), presidente da Casa.

Mais Lidas