Sábado, 06 Julho 2024

Governador tende a manter distanciamento das eleições em Cachoeiro

casagrande_lorena_ferraco_carlos_leonardo_s_redes_ales2 Leonardo Sá/Redes Sociais/Ales
Leonardo Sá/Redes Sociais/Ales

O governador Renato Casagrande (PSB) enviou um vídeo para o lançamento oficial da pré-candidatura de Lorena Vasques (PSB) a prefeita de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, realizado no último dia 5. Apesar disso, a tendência é que mantenha certo distanciamento da campanha. Inclusive, ele não deverá ficar insatisfeito se Theodorico Ferraço (PP) ou Carlos Casteglione (PT) ganharem as eleições municipais de outubro deste ano.

Com uma base de apoio ampla, incluindo partidos de diversas tonalidades ideológicas, não surpreende que Renato Casagrande tenha diálogo com mais de um pré-candidato dentro de municípios capixabas. Mas, no caso de Cachoeiro, essa relação se manifesta com algumas peculiaridades.

Ex-prefeito por quatro mandatos, o deputado estadual Theodorico Ferraço é pai do vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB), que tem pretensão de se candidatar a governador em 2026. Nos últimos anos, os dois têm caminhado na política com mais distanciamento. Entretanto, antes de Theodorico anunciar sua pré-candidatura, houve reuniões do governo estadual com o seu grupo, que hoje abrange os partidos Progressistas (PP), Novo e Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

Segundo depoimento de uma fonte que acompanha as movimentações eleitorais locais, o grupo de Ferraço – que deverá ter Júnior Corrêa (Novo) como vice na chapa – não está, neste momento, em diálogo direto com o governo estadual. De todo modo, segundo circula no mercado, Casagrande vê em Ferraço um trunfo para frear o avanço de Diego Libardi (Republicanos), caso a novata Lorena Vasques não consiga emplacar.

Já Carlos Casteglione, que também foi prefeito de Cachoeiro em dois mandatos, deixou, no início deste mês o cargo de subsecretário de Estado do Trabalho, Emprego e Geração de Renda, que ocupava desde 2022. Ele se mostrava disposto a dialogar com o Partido Socialista Brasileiro (PSB), mas o atual prefeito, Victor Coelho, fechou as portas desde o início.

O petista deverá encontrar um cenário bastante adverso nas eleições deste ano, em uma cidade que deu quase 70% dos votos para Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2022. Por isso, a aposta tem sido em uma unificação do campo progressista contra uma provável divisão dos votos da direita. Além da Federação Brasil da Esperança – Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Partido Verde (PV) –, Casteglione conta com o apoio da federação formada por Partido Socialismo e Liberdade (Psol) e Rede Sustentabilidade.

Mesmo o advogado Diego Libardi, que está em um partido de oposição ao governo estadual, não se distancia totalmente de Casagrande. Libardi tem o apoio dos deputados estaduais Allan Ferreira (Podemos) e Dr. Bruno Resende (União), que, pelo menos por enquanto, se mantém na base governista na Assembleia Legislativa.

Nesta segunda-feira (24), às 19h, Diego Libardi realizará o lançamento oficial de sua pré-candidatura a prefeito. Ele deverá contar com o apoio dos partidos Republicanos, União Brasil, Podemos, Agir, Partido Renovação Democrática (PRD) e Partido Social Democrático (PSD). A ex-secretária de Desenvolvimento Social Márcia Bezerra (PRD) se apresentou como possível vice na chapa, mas a esposa de Dr. Bruno Resende, Rafaela Donadelli (União), também é cotada.

No caso de Lorena Vasques, o desafio é se mostrar competitiva e manter a base de apoio. O Partido da Social Democracia Brasileiro (PSDB) tem conversado com o grupo de Ferraço e poderá mudar de lado nas eleições. O Partido Democrático Trabalhista (PDT) é outra sigla que está na aliança governista.

O vereador Léo Camargo (PL) é o único pré-candidato a prefeito de Cachoeiro que não tem diálogo com o governo estadual. Nas últimas semanas, passaram a circular informações no mercado eleitoral dando conta de que Camargo desistiria da disputa majoritária, devido à falta de recursos do Partido Liberal. Não há nada oficial, mas, caso isso se confirme, a tendência é que o PL mantenha a pretensão de lançar um candidato próprio em vez de apoiar um concorrente de outra sigla.

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