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Governo diz querer o diálogo mas não comparece à audiência pública

A Comissão de Ciência e Tecnologia convidou, mas ninguém do governo do Estado deu as caras na nona reunião da comissão na Assembleia Legislativa, no início da noite desta quarta-feira (27), para discutir com a comunidade escolar o projeto Escola Viva. Embora, o governador Paulo Hartung (PMDB) repita que o governo “abraçou o debate sobre o projeto Escola Viva”, discurso e prática se mostram antagônicos. Durante a reunião várias propostas e questionamentos foram apresentados por alunos e professores, mas a indignação pela ausência de representantes do governo foi um ponto que permeou a maioria das falas
 
Alguns deputados estaduais que compõem à comissão também não compareceram ao debate. Apenas o presidente da comissão, deputado Sérgio Majeski (PSDB), e o deputado José Carlos Nunes (PT) participaram do evento. A deputada Eliana Dadalto (PTC) justificou a ausência e mandou um assessor acompanhar a sessão. O mesmo fez o deputado Rodrigo Coelho (PT). A ausência de representante do Executivo foi alvo de críticas de alunos e professores. 
 
Para participar da discussão, alunos de várias escolas da Grande Vitória se reuniram no colégio Estadual e saíram em passeata até a Assembleia Legislativa para acompanhar a reunião. 
 
O diretor do Sindicato dos Profissionais em Educação Pública do Estado (Sindiupes), Gean Carlos, reafirmou a posição da categoria de não ser contra o Escola Viva. Mas reafirmou que a população quer o diálogo com a Secretaria de Educação. Ele lamentou que o governo não quis ouvir as colocações da comunidade escolar. 
 
A representante da Associação dos Pais de Aluno (Assopais), Cida Araujo, também se queixou da ausência dos representantes da Sedu, o que, segundo ela, mostra falta de respeito do governo. A presidente da CUT, Noêmia Simonassi, destacou o fato de o projeto ser feito por trás das cortinas e chamou a atenção para a retirada da urgência e a apresentação de emendas pelos deputados. 
 
O deputado Sérgio Majeski exibiu fotos de escolas, que ele visitou recentemente, que mostram a precariedade das instalações, sobretudo no interior do Estado. As imagens sensibilizaram alunos do colégio Estadual, que contam com uma boa estrutura. Alguns alunos afirmaram que os recursos poderiam  ser distribuídos entre as escolas e frisaram que não adianta pensar num projeto de ensino integral para meia-dúzia de escolas se a maioria não tem nem a infraestrutura mínima.
 
O projeto, conhecido como “Escola Viva”, está em tramitação na Assembleia e já recebeu 45 emendas parlamentares. A audiência em Vitória encerra o ciclo de debates, realizado neste mês em outras oito cidades: Aracruz, Linhares, São Mateus, Santa Maria de Jetibá, Colatina, Nova Venécia, Cachoeiro de Itapemirim e Alegre. Para debater o tema, a comissão convida sindicatos ligados à educação, professores, diretores e alunos.
 

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