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Governo tem um dos mais baixos índices de mulheres à frente de secretarias

Com apenas cinco mulheres, índice da gestão Casagrande é de 20%, ocupando a 18º posição em levantamento nacional

O governo Renato Casagrande (PSB) é o 18º em todo o Brasil no ranking de atuação de mulheres em cargos de primeiro escalão, de acordo com um levantamento feito pela Folha de S.Paulo. Das 25 secretarias, apenas cinco são chefiadas por mulheres, ou seja, 20%. O Espírito Santo divide a posição com a Paraíba, que tem o mesmo número de pastas e de secretárias, e Rondônia, com 15 secretarias no total, com somente três tem mulheres à frente.

Os dados contemplam secretarias, secretarias extraordinárias, Casa Civil, Casa Militar, Controladoria, Procuradoria Geral do Estado. Não foram inclusas autarquias, empresas públicas, secretarias executivas ou órgão subordinados a uma pasta estadual.

Na gestão estadual, as pastas com atuação feminina no primeiro escalão são a Superintendência Estadual de Comunicação Social (Secom), com Flávia Mignoni; a Secretaria Estadual de Direitos Humanos (SEDH), com Nara Borgo; Secretaria de Estado Extraordinária de Política para as Mulheres, com Jacqueline Moraes; Secretaria de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades), Cyntia Figueira Grillo; e Secretaria de Governo (SEG), com Maria Emanuela Alves Pedroso.
Todas elas fizeram parte da gestão anterior de Casagrande. Flávia Mignoni, Nara Borgo e Cyntia Grillo eram da mesma pasta na qual estão hoje. Maria Emanuela comandava a Secretaria de Economia e Planejamento (SEP), que atualmente tem como secretário Álvaro Duboc. Jacqueline Moraes era vice-governadora, mas agora está à frente da nova secretaria, criada em janeiro. O levantamento da Folha não faz recorte racial, mas olhando para a realidade do Espírito Santo, é preciso levar em consideração que, se as mulheres são minoria, as negras mais ainda, já que a única é a Jacqueline.
No ranking, o Espírito Santo está atrás de Alagoas, que tem mulheres em 51,8% das secretarias chefiadas por mulheres, Ceará (50%), Amapá (48,3%), Pernambuco (48,1%), Rio Grande do Sul (37,03%), Sergipe (31,5%), Rio Grande do Norte (31,5%), Distrito Federal (31,25%), Maranhão (31,03%), Piauí (30,7%), Bahia (30,7%), Mato Grosso do Sul (28,5%), Goiás (26,6%), Amazonas (23,8%), Mato Grosso (23,5%), Minas Gerais, (23,07%) e São Paulo (22,22%). Atrás do governo capixaba, estão Rio de Janeiro (18,75%), Santa Catarina (18,75%), Roraima (16,6%), Acre (13,3%), Paraná (14,53%), Tocantins (13,04%) e Pará (12%).
O levantamento aponta que os 26 Estados e o Distrito Federal têm, em média, 28% dos cargos de primeiro escalão liderados por mulheres. Dezesseis têm um patamar de mulheres à frente das secretarias de menos de 30%, sendo todos governados por homens, entre eles, o Espírito Santo. Em todo o Brasil, há apenas duas unidades federativas governadas por mulheres: Pernambuco, cuja governadora é Raquel Lyra (PSDB), e Rio Grande do Norte, com Fátima Bezerra (PT). Ambas estão entre os estados com mais de 30% de mulheres no comando das secretarias.

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