O governo do Estado parece determinado a convencer a população de que o projeto Escola Viva é mesmo a solução para os problemas da educação no Estado e para isso aciona seus aliados. Nesta terça-feira (29), a Comissão de Educação da Assembleia, realizou uma reunião extraordinária na própria instituição para avaliar os resultados dos primeiros passos do projeto.
Nos bastidores da instituição, pais, alunos e professores já apontam alguns problemas, como a carga horária pesada dos professores e a permanência por muito tempo dos alunos dentro da sala de aula, com poucas opções extracurriculares. Mas a comissão de acompanhamento foi só elogios para o projeto.
Até porque, além dos membros da Comissão de Educação da Assembleia, Luzia Toledo (PMDB), Rodrigo Coelho (PT) e Raquel Lessa (SD), a reunião contou com a presença do secretário estadual de Educação, Haroldo Rocha, do diretor do Centro Educacional São Pedro, Saulo Andreon, onde funciona a unidade piloto do projeto, e do empresário Aridelmo Teixeira, da ONG Espírito Santo em Ação, parceira do Escola Viva.
A unidade piloto de São Pedro começou a funcionar no dia 3 de agosto com 480 alunos de Ensino Médio. A presidente da Comissão de Educação da Assembleia , Luzia Toledo defendeu a ampliação do projeto. “O que vemos aqui é uma escola com infraestrutura preparada para receber um jovem moderno, antenado. É claro que queremos que todos os estudantes tenham oportunidade de estudar em uma instituição de ensino assim. Por isso, apoiamos a ampliação deste modelo de ensino”, declarou.
Mas a avaliação que a comunidade escolar queria não era essa. Um grupo foi formado em agosto para acompanhar o projeto, coordenado pelo Ministério Público Estadual. Mas a visita, que foi programada para o dia 10 daquele mês, nunca aconteceu.
