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Haroldo Rocha propaga cenário pessimista para o Estado em 2015

Deputados acompanham exposição de Haroldo Rocha, que

previu um cenário de crise para o Estado em 2015

 
A presença do coordenador da equipe de transição do governador eleito Paulo Hartung, Haroldo Rocha, na Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (24), pouco antes da prestação de contas do secretário de Fazenda do Estado, Maurício Duque, foi vista nos corredores do Legislativo com viés político. 
 
Haroldo esteve na sala da Presidência da Casa e a apresentou a membros da Mesa Diretora e integrantes da Comissão de Finanças um relatório sobre a situação financeira do Estado. Ele previu um cenário negativo para o Estado no próximo ano. Logo em seguida, Duque seria sabatinado na Comissão de Finanças pelo deputado Paulo Roberto (PMDB), que politizou a prestação de contas e reforçou o cenário de caos adiantado por Haroldo.
 
A um grupo restrito de deputados, entre eles Theodorico Ferraço, Athyde Armani (ambos do DEM), José Esmeraldo, Luzia Toledo (ambos do PMDB) e o proprio Paulo Roberto, o coordenador da equipe de Hartung apresentou um relatório foi elaborado a partir de informações do Portal de Transparência do governo estadual, de balanços da Secretaria Estadual da Fazenda, da secretaria do Tesouro Nacional e do Projeto de Lei 235/2014, que traz a lei orçamentária para 2015.
 
Ele afirmou ainda que as informações orçamentárias e financeiras foram solicitadas ao governo no dia 20 de outubro, mas não recebeu os dados dentro do prazo estabelecido de 30 dias. Entre as preocupações apresentadas por Haroldo, está a aceleração do crescimento das despesas em 2014, reduzindo a capacidade de investimento do Estado. 
 
Logo após Haroldo criticava a postura do governo na sala da presidência, logo em seguida, em um dos plenarinhos da Casa, a Comissão de Finança acompanharia a prestação de contas do secretário da Fazenda Maurício Duque sobre o segundo quadrimestre do ano. 
 
O secretário apresentou o balanço fiscal do Estado no último ano e disse que o governo deixará dinheiro em caixa ao encerrar a gestão. O valor vai depender ainda de ações do fim do ano, como por exemplo, o tradicional abono dos servidores. 
 
O deputado Paulo Roberto, que vem desempenhando na Assembleia o papel de “líder do governador eleito”, aproveitou a oportunidade para pressionar o secretário, questionando-o sobre a queda de recursos no Estado. Apontamentos que foram rebatidos por Duque. Também fizeram pressão no secretário os deputados Euclério Sampaio (PDT) e José Esmeraldo (PMDB), ambos assumiram uma posição de ataque ao governo do Estado. 
 
A movimentação reflete o clima de embate estabelecido neste período de transição entre o grupo do governador Casagrande e o de Hartung. As equipes não têm se entendido e o grupo coordenado por Haroldo tem aumentado o tom das críticas ao Palácio Anchieta. 

Em sua prestação de Contas, Duque também disparou contra o governo Paulo Hartung. Ele disse que Haroldo, que foi secretário de Educação no governo passado, deixou um rombo no orçamento da pasta. Foram mais de R$ 40 milhões entre o que foi deixado no orçamento e o que foi contratado para 2011. Também afirmou que havia um déficit de 70 mil carteiras nas escolas do Estado quando o atual governo assumiu.  

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