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Hartung ataca Casagrande no último debate antes das eleições

Os candidatos ao governo do Estado participaram na manhã desta quinta-feira (2) do último debate antes das eleições do dia 5, na Rádio CBN Vitória. O  debate foi marcado, mais uma vez, pela troca de farpas entre o governador Renato Casagrande (PSB) e o ex-governador Paulo Hartung (PMDB). Camila Valadão (PSOL) também manteve sua postura de atacar o projeto de 12 anos do atual e do ex-governador. Roberto Carlos (PT) buscou parceria com os dois lados, mas tentou adotar uma postura menos subserviente.
 
Casagrande em suas perguntas diretas ou na discussão com os outros candidatos manteve a postura iniciada no início de setembro de criticar a postura de seu antecessor, seja do ponto de vista administrativo ou dos favorecimentos pessoais. 
 
Hartung tentou contra-atacar as críticas de Casagrande com o mesmo expediente utilizado no debate da TV Gazeta, nessa terça-feira (30), de tentar desqualificar as denúncias de enriquecimento, creditando a divulgação das matérias a um “patrocínio” do governo. O ex-governador chegou a afirmar que Casagrande seria “sócio do site do ex-secretário da Fazenda do governo Vítor Buaiz, de quem Casagrande foi vice-governador”. Hartung não citou mas fez menção ao jornal Século Diário e ao seu diretor, Rogério Medeiros. A estratégia vem sendo usada para que o ex-governador não responda às críticas. 
 
Assim como fez no debate da TV Gazeta, Hartung citou a “operação Castelo de Areia”, que ligaria o nome do então senador Casagrande a um esquema denunciado pela operação da Polícia Federal de 2009 que investigou supostos crimes financeiros e lavagem de dinheiro, tendo como centro as operações do Grupo Camargo Corrêa. Em 2011, a operação foi considerada ilegal, mas os autos ainda estariam tramitando no Supremo Tribunal Federal. 
 
Mas a três dias da eleição, os ataques de Paulo Hartung podem não ter o efeito esperado, pois são feitas de forma descontextualizadas com a eleição estadual.
 
Hartung e Casagrande ficaram na mira da candidata do PSOL, que questionou Hartung sobre a o tratamento da violência durante seu governo, lembrando a violação dos direitos humanos, esquartejamento nos presídios e a prisão de pessoas em contêineres. Hartung afirmou que as “masmorras” foram herança de outros governos. 
 
Contra Casagrande, Camila destacou a truculência da Polícia Militar na desocupação de áreas como em Barra do Riacho, Aracruz e Jardim Carapina, na Serra. A candidata também criticou a relação dos dois adversários com o empresariado, destacando a Rodosol, cujos sócios controlam empresa que financiaram as duas candidaturas.
 
Já o candidato do PT, Roberto Carlos fez o caminho inverso, tentando não entrar em rota de colisão nem com Hartung, nem com Casagrande, mas destacou, mais de uma vez, a importância de haver o segundo turno nas eleições de governo do Estado. Questionou Casagrande sobre a política de alianças que estaria disposto a costurar em um segundo turno e em um eventual segundo mandato, após a ruptura. 
 
Listou os secretários que estiveram presentes no governo de Hartung e que permaneceram no mandato de Casagrande e abriu espaço para  o discurso de aproximação entre o ex-governador e a presidente Dilma, para uma possível parceria em um segundo turno. 
 
Durante o debate havia uma tentativa de passar aos ouvintes da rádio a ideia de tranquilidade. Hartung que deixou transparecer nervosismo no debate de terça-feira, buscou não demonstrar fragilidade nos ataques e contra-ataques, já Casagrande manteve a mesma postura firme dos debates anteriores. 

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