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Helder Salomão, deputado federal mais votado, diz que ‘é hora do diálogo’

“Precisamos pensar em um projeto alternativo para 2026”, ressalta, apontando, agora, “missão urgente” de eleger Lula e Casagrande 

“Saio maior do que entrei e quero ajudar a construir esse diálogo”. Ao fazer essa declaração, em entrevista a Século Diário nesta segunda-feira (3), o deputado federal Helder Salomão (PT) assume o protagonismo das articulações políticas neste segundo turno que se inicia, convicto de, como primeiro deputado federal da esquerda eleito no Espírito Santo com 120,3 mil votos, tem uma missão urgente: “A reeleição de Lula e do governador Renato Casagrande (PSB)”.

O parlamentar afirma que tem consciência dos desafios. Ele pretende, a partir de agora, abrir um diálogo mais amplo com partidos de esquerda, movimentos sociais e representações da sociedade civil, a fim de pensar o Espírito Santo daqui para a frente. “Precisamos pensar em um projeto alternativo para 2026, pensar além do tempo presente, com maior participação popular e outros setores da sociedade”.

Para tanto, pretende convocar uma plenária ampla do seu partido sobre o papel a cumprir nesse novo mandato. Pela manhã, ele conversou com o Casagrande, colocando-se como apoiador na disputa contra o segundo colocado na corrida ao Palácio Anchieta, Carlos Manato (PL), representante do bolsonarismo no Espírito Santo.

“A vitória de Lula no primeiro turno, esperávamos, mas sabíamos que era difícil; já o resultado da eleição para o governo do Estado foi surpresa. O PT fez campanha, mas faltou empenho. Estou confiante que iremos mobilizar os movimentos sociais e outros setores que não são do PT”, comenta, e enfatiza: “Terminou a eleição, é preciso descer do palanque”.

Nesse leque de alianças, Helder Salomão inclui o senador Fabiano Contarato (PT), que já se “colocou à disposição para ajudar na campanha para reeleger Casagrande neste segundo turno”. Contarato teve candidatura ao governo lançada pelo PT e depois retirada, por força da coligação com o PSB, partido do governador, defensor de uma frente ampla envolvendo legendas antagônicas, levando-o a não abraçar a campanha de Lula no Estado.

Helder aponta que tem pautado seus mantos por ter lado,” sem vacilar”. ” Eu escolhi o lado da democracia, dos trabalhadores e dos mais pobres e pequenos, sem nunca perder a capacidade de autocrítica e de dialogar com todas as forças politicas e da sociedade, com os diferentes”, afirma.

Para ele, o mais importante é que “todos os nossos votos foram conquistados, um a um, sem pressão, mentiras, promessas falsas e uso do poder econômico e de outras formas ilegais de fazer campanha. Os nossos votos são resultado de muito trabalho e de muita dedicação. Faço da política um sacerdócio a serviço daqueles que mais precisam”. 

O deputado ressalta que, nesse novo mandato que começa em janeiro, terá um reforço na Câmara com a chegada da presidente estadual do PT, Jack Rocha, eleita deputado federal. No âmbito estadual, ele vê a reeleição da deputada Iriny Lopes e a eleição de João Coser, ambos do PT, como muito importante para ampliar a representação da esquerda na Assembleia Legislativa, que terá ainda a deputada eleita Camila Valadão (Psol), que atingiu mais de 50 mil votos.

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