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Historiadora nascida em Vila Velha é eleita presidente nacional do Psol

Paula Coradi tem 38 anos e começou a militância política na Universidade Federal do Estado (Ufes)

Paula Coradi, historiadora e professora licenciada da rede de ensino do Espírito Santo, foi eleita nesse domingo (1º) presidente nacional do Partido Social e Liberdade (Psol), durante o 8º Congresso realizado em Brasília. Substitui Juliano Medeiros, com um mandato que se encerra em 2026, e fortalece a ala ligada ao deputado federal Guilherme Boulos, pré-candidato à prefeitura de São Paulo, e ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ane Halama, dirigente do Psol no Espírito Santo, embora não seja da mesma corrente que a presidente eleita, disse: “Estamos contentes em ter uma mulher na direção do partido, é um diferencial do Psol ter mulheres nos espaços de poder. Esperamos que ela faça um bom mandato e desejamos todo sucesso!”.

Ane é da Ação Popular Socialista, que tem entre seus membros mais conhecidos a ex-deputada estadual por três mandatos, Brice Bragato, que fez parte da equipe de delegados estaduais. Os outros, pelo Espírito Santo, são Ane Halama, Toni Cabano, Sandra e Camila Paulino. Segundo Ane, a deputada estadual Camila Valadão e o vereador de Vitória André Moreira, que são independentes, se uniram nesse processo.

Em suas redes sociais, Camila Valadão postou: “Já são 18 anos construindo o Psol. Atualmente, nosso partido é uma força política importante no Brasil, com quase 300 mil militantes. No Espírito Santo, nossos mandatos na Assembleia Legislativa e na Câmara Municipal expressam a luta dos trabalhadores, das mulheres, do povo negro, da população LGBTQIAPN+ e da juventude. Seguimos firmes na luta contra a extrema direita e na construção de uma alternativa independente e ecossocialista!”.

Paula Coradi tem 38 anos, é capixaba de Vila Velha, e começou a militância política na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), onde se graduou em História. Pertencente à ala Primavera Socialista, ela obteve 300 votos contra 147 da tendência Bloco Democrático de Esquerda. Houve tumulto durante o congresso, inclusive com agressões físicas entre os participantes.

Em nota, o partido afirmou: “Durante o 8º Congresso Nacional do Psol, houve um desentendimento entre dois militantes que terminou por acirrar os ânimos e interromper o andamento do congresso por alguns instantes. A direção do Psol lamenta o ocorrido. O caso está sob apuração das instâncias responsáveis. O incidente não alterou o curso do encontro, que se encerrou elegendo a nova direção e aprovando todas as resoluções previstas”.

Paula Coradi afirma que pretende “trabalhar para fortalecer as pautas da esquerda no país, combater os retrocessos e apoiar a agenda popular do governo Lula”: “Seguiremos firmes na construção do partido como um instrumento da luta das mulheres, do povo negro, LGBTQIA+, dos povos Indígenas, das trabalhadoras e trabalhadores e engajados na luta ambiental”.

Filiada ao Psol desde 2009, ela também foi dirigente municipal e estadual antes de integrar a Executiva Nacional do Psol a partir de 2017. Como secretária de movimentos sociais, trabalhou nas articulações para uma aproximação do partido e, em 2018, atuou na coordenação de campanha de Guilherme Boulos à Presidência da República. Dois anos depois, esteve na coordenação da campanha que levou Boulos ao segundo turno na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Em 2021, assumiu a Secretaria de Organização do partido, em período que culminou na eleição da maior bancada federal do partido em sua história.

O processo para organização do congresso começou há meses com as plenárias municipais que envolveram mais de 53 mil filiados, encerrando-se neste fim de semana. Além da eleição da nova liderança, foram aprovadas resoluções abordando diversos temas, como conjuntura nacional e internacional e eleições 2024.

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