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‘Homem-bomba’: candidatos querem atrair Magno Malta para evitar palanque ???explosivo???

Depois de ter negada a candidatura à Presidência da República, na Convenção do PR, nesse sábado (21), o senador Magno Malta deve voltar seu olhar para a disputa no Estado, o que preocupa lideranças dos demais palanques esperados para a disputa. Malta sempre colocou a disputa estadual como um plano B e, como tem um discurso duro em relação à classe política capixaba, causa apreensão nos adversários.

Para evitar o efeito Magno, as movimentações para atrair o apoio do senador já começaram e são mais no sentido de evitar que ele erga o palanque próprio que deve ter formato de “bunker”. Mas vai ser complicado encaixar o grupo de Malta na conversa. O governador Renato Casagrande não é exatamente um alvo preferencial de Malta, que sempre foi desafeto declarado do ex-governador Paulo Hartung (PMDB).

Mas como um é sucessor em palanque de continuidade do outro, o discurso de Malta afeta os dois de uma só vez. Por isso é tão importante tê-lo como aliado, para evitar o ataque de seu palanque. Com o PT, que definiu nesse domingo (22) a candidatura ao governo do Estado, puxada pelo deputado estadual Roberto Carlos, a composição é ainda mais difícil.

Isso porque, Malta deixou a convenção do PR, no último sábado (21), em Brasília, disparando contra o PT nacional, adiantando que com a presidente Dilma Rousseff, a quem ajudou na eleição de 2010, ele não vai. Para o senador, a negativa de sua candidatura foi fruto de uma manobra do PR para permanecer no palanque petista.

“Foi a primeira convenção do PR e tinha tudo para ser uma festa democrática, mas, infelizmente, chegaram denúncias de interferência do governo federal e já esperava que não conseguiria a legenda”, lamentou Malta, em seu site na internet.

Mas para atrair Malta todos os palanques têm um problema de encaixe. A prioridade do PR para o Estado é claramente a acomodação da candidatura do delegado de Delitos no Transito Fabiano Contarato na disputa ao Senado. No palanque de Casagrande, as conversas avançam na direção de uma costura com o PSDB, que daria a vaga para a disputa ao Senado ao ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas. Caso a movimentação não dê certo, o posto é livre e aí, sim poderia haver uma composição.

No PMDB, a deputada federal Rose de Freitas já colocou o nome à disposição para concorrer à vaga ao Senado e como tem influencia forte nos convencionais do partido, será difícil demovê-la da candidatura. No PT, além da incompatibilidade nacional, a vaga ao Senado será do ex-prefeito de Vitória, João Coser. A conjuntura política “empurra” Magno Malta para o palanque próprio. Porque, de qualquer maneira, com o cenário se afunilando, o presidente regional do PR seria obrigado a levantar um palanque para acomodar a candidatura de Contarato. 

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