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Instituto Futura agrega dois novos sócios

Conhecido por ser o maior e mais antigo, mas também pelo volume de críticas e contestações que o acusam de favorecer blocos políticos, o Futura Pesquisa e Consultoria – Instituto Futura – vendeu parte de sua composição administrativa, com a inclusão de dois novos sócios: Mário Guerra e Simone Chieppe. 
Adquiriram parte parte da empresa a empresária do transporte coletivo Simone Chieppe Moura, da família que é dona do Grupo Águia Branca e ex-presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo da Grande Vitória, que terá 33%, e o publicitário Mário Guerra, diretor da Set Comunicação, a quem caberá igual parcela. 
Atualmente, o Futura é dirigido pelo economista José Orrico, um dos fundadores, que fica com 34% do negócio e permanece como responsável pela gestão das pesquisas eleitorais. A empresa contava ainda com a atuação do economista Orlando Caliman, que vendeu seus ativos.
Apesar de ser o maior do Estado, o Futura há anos é alvo de pesadas críticas sobre sua credibilidade em pesquisas eleitorais, com destaque para as ligações mantidas com blocos políticos ligados ao corporativismo empresarial abrigado na ONG Espírito Santo em Ação, que reúne as maiores empresas do Estado, todas ligadas ao governador Paulo Hartung. 
O Futura também faz parte dessa ONG, cuja marca é o direcionamento de ações da gestão pública dentro de uma visão essencialmente de mercado, excluindo interesses e necessidades de outras camadas da população. Nos últimos 16 anos, a gestão pública estadual seguiu essa forma de atuação.
Entre os principais clientes do Futura, estão o governo do Estado, as poluidoras Vale, Arcelor Mittral, Fibria (Aracruz Celulose) e Samarco/Vale-BHP, a EDP Escelsa e a Rede Gazeta
A entrada dos novos sócios chama atenção do mercado político, não só pela representatividade dos nomes no mercado, como por ocorrer em meio a um período de “baixa” de Hartung, que vem impondo a ele dificuldades para consolidar seu projeto eleitoral deste ano em condições de vitória.

O governador é apontado como candidato à reeleição em uma disputa que tem também seu adversário e antecessor, Renato Casagrande (PSB), e a senadora Rose de Freitas (MDB). Os dois primeiros, principalmente, ligados ao mesmo grupo econômico que domina as relações políticas no Espírito Santo.

 

 

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