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Investigações sobre terrorismo em Brasília se aproximam dos agentes políticos

Senador Magno Malta desmentiu convocação de greve geral, mas em novo vídeo criticou “superpoderes” do STF

Redes sociais

As investigações para apurar o envolvimento no atentado terrorista do último domingo (9), em Brasília, chegam à classe política, depois do término, nesta quarta-feira (11), do trabalho de polícia judiciária determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Foram interrogadas e qualificadas pela Polícia Federal 1.159 pessoas, que irão responder por crimes de terrorismo, associação criminosa, atentado contra o estado democrático de direito, golpe de Estado, perseguição, incitação ao crime, dentre outros.

As investigações estarão focadas em agentes políticos diretamente envolvidos e, também, “naqueles que incentivaram, por ação e omissão”, os atos terroristas, como afirmou o ministro do Supremo Alexandre de Moraes. Tramita no STF ação das bancadas do PT e do Psol na Câmara dos Deputados contra deputados que participaram, incentivaram ou apoiaram as ações terroristas no último domingo (8) em Brasília.

A ação pede a inclusão, no inquérito, dos deputados eleitos André Fernandes (PL-CE), Clarissa Tércio (PP-PE), Silvia Waiãpi (PL-AP), e a suplente Pâmela Bório (PSC-PB), e também do senador eleito Magno Malta (PL/ES). Todos por apoiar e incentivar a invasão, que resultou na depredação das sedes dos Três Poderes.

Nesta quarta-feira, o senador Omar Aziz (PSD-AM) propôs a criação de uma comissão externa do Senado para acompanhar as investigações oficiais relativas aos ataques, sugerindo nomes dos senadores Fabiano Contarato (PT), Alessandro Vieira (PSDB-SE) ambos delegados de polícia, e a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) para compor o colegiado.

Contarato concordou com a sugestão de Aziz e declarou: “Já assinei o pedido de criação de uma CPI do Terrorismo para investigar e responsabilizar duramente os autores e financiadores dos crimes de terrorismo, associação criminosa, atentado contra o estado democrático de direito, golpe de Estado, perseguição, incitação ao crime, dentre outros cometidos pela extrema-direita bolsonarista”.

Dos nomes veiculados na representação do PT e Psol, o do senador Magno Malta, um dos mais próximos aliados de Bolsonaro e com histórico de repetidos ataques ao STF, é o que alcança repercussão nas redes sociais. Uma decorrência da postagem de um vídeo convocando para greve geral no dia 8 deste mês, desmentido por ele, sob a justificativa de que se tratava de fake news. Para reforça sua defesa, o senador eleito gravou outro vídeo, no qual mantém críticas ao STF.

Na gravação, ele afirma: “…Eu não aprovo invasões, não aprovo vandalismo, até porque não faz parte de nossa cultura…O país está dividido. Isso se deve aos superpoderes dado à suprema corte e à omissão dos outros poderes….”. No restante o vídeo, ele pede que haja harmonia entre os poderes.

Malta já é réu no processo que apura a queixa-crime por calúnia apresentada pelo ministro Luís Roberto Barroso e acatada pelo STF em setembro de 2022. Em um evento político em Campinas (SP), em junho do ano passado, o senador eleito disse falsamente que o ministro “batia em mulher” e respondia a dois processos por isso. Logo após a fala, Barroso declarou, em nota oficial, que foram feitas em 2013 falsas acusações, já arquivadas, e que não havia veracidade na declaração do bolsonarista.

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