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O viés à esquerda nas eleições de 2024 para a Prefeitura de Vitória

Deputados Camila Valadão, do Psol, e João Coser, do PT, são os nomes cotados no cenário político

Ales

A movimentação político-eleitoral para construção de candidaturas à Prefeitura de Vitória nas eleições de 2024 aponta pelo menos cinco deputados estaduais que poderão entrar na disputa, com chance de manter o crescimento do campo progressista registrado desde a campanha presidencial de 2022, com a vitória do presidente Lula. Uma marca histórica da sociedade brasileira diante do descalabro provocado pela onda fascista disseminada pelo bolsonarismo nos últimos quatro anos, que repercute nos estados.

Nesse cenário, dois nomes ligados à esquerda surgem, a pouco mais de um ano das eleições, quando blocos partidários começam a se formar. A deputada estadual Camila Valadão (Psol) é um dos nomes mais lembrados quando se trata não apenas de manter, mas também avançar visando derrotar o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos), eleito pela base bolsonarista no Estado. Outro é o deputado João Coser (PT), figura histórica do petismo, atuante também no campo da direita, já à frente na articulação partidária, mas que tem pela frente muitos concorrentes.

Para o ativista político Francisco Celso Calmon, ligado a partidos de esquerda, a deputada Camila Valadão é o nome que poderá concorrer com chances de derrotar a ala bolsonarista que está no comando Prefeitura de Vitória.

“O João está em declínio, com duas derrotas em Vitória; e tem ainda o preconceito, o antipetismo exacerbado, e a esquerda não pode correr o risco”, comenta e destaca uma provável candidatura de Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), como mais um grande empecilho a vencer caso seja João o candidato, considerando que disputam o mesmo eleitorado, por serem ambos ex-prefeitos da cidade.

“Camila está em ascensão, foi vereadora, é deputada, e foi muito bem votada, possui um espectro mais abrangente, pelo fato de ser negra e mulher, que representam, respectivamente, 53% e 56% da população”, diz Celso Calmon, reforçando que ela tem que se decidir neste segundo semestre, “para não perder o timing”.

Por sua vez, Camila se mantêm em uma posição discreta, apesar de admitir uma provável candidatura, reforçada com os mais de 59 mil votos que a levaram a ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa em 2022 e o cumprimento de um mandato atuante e bem avaliado. Essa indecisão é desfavorável, no entender de Celso Calmon, porque demonstra “uma esquerda tímida, burocrática”.

Em relação ao potencial candidato do PT, os também deputados estaduais Mazinho dos Anjos (PSDB) e Fabrício Gandini (Cidadania), igualmente de centro-direita, possuem um eleitorado com o mesmo perfil do de João Coser, que ainda teria que superar o ex-prefeito Luiz Paulo. Em 2020,  Coser foi para o segundo turno contra Pazolini e obteve 41,5% dos votos.

No outro lado, o deputado Capitão Assumção (PL), bolsonarista extremado, que já lançou a pré-candidatura para demarcar terreno, afeta áreas dominadas pelo atual prefeito. Agrava, com esse gesto, o desgaste de Pazolini, que só faz crescer, como nos últimos dias, com destaque para servidores aposentados, entre outros setores que tocam diretamente no dia a dia dos vereadores e faz com que, apesar de ainda dominar a Câmara, perca sustentação partidária.

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