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Jornalistas repudiam censura, defendem a democracia e rejeitam fake news

Manifesto defende trabalho do TSE e aponta vários pontos negativos do presidente Jair Bolsonaro

Jornalistas de todo o País, de vários veículos de imprensa, inclusive do Espírito Santo, publicaram nesta segunda-feira (24) um manifesto de apoio ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a disseminação de notícias falsas – as fake news – e em defesa da democracia. A iniciativa é do site Congresso em Foco, de Brasília, com apoio da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), e está aberta a novas adesões.

“Como jornalistas com o compromisso ético de perseguir e publicar a verdade, estamos indignados com o grande fluxo de notícias falsas produzidas com o objetivo deliberado de fraudar a decisão livre do eleitor neste segundo turno da disputa presidencial”, afirma o texto.

“Repudiamos toda e qualquer forma de censura e não admitimos que a liberdade de expressão seja distorcida para permitir a prevalência de mentiras na campanha eleitoral. Também vemos com apreensão que concessões públicas de rádio e TV sejam usadas em favor de uma candidatura. Por isso apoiamos o esforço do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para coibir a interferência danosa das fake news nas eleições, respeitados os limites da Constituição e da lei”, prossegue o manifesto, que aponta vários pontos negativos do presidente Bolsonaro, declarando, ainda, apoio à chapa adversária, de Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB).

O documento aponta que “Bolsonaro tem uma trajetória associada à violência desde os anos 1980, com o plano de explodir bombas em quartéis que o levou à prisão. Ele e os filhos têm conexões com Adriano da Nóbrega, apontado como miliciano pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). O clã foi acusado por ex-funcionários de obrigar servidores a lhes entregar grande parte dos salários. Desde os anos 1990 a família comprou 107 imóveis e pagou quase a metade em dinheiro vivo”.

Além disso, afirma que o presidente “defende a ditadura, a tortura e o assassinato de opositores. Ofende as cidadãs e os cidadãos negros, indígenas, nordestinos e LGBTQIA+. Acha natural sentir atração sexual por meninas de 14 anos. Mostrou-se desumano diante da dor dos brasileiros na pandemia. Foi incompetente na economia e a fome voltou. Desprezou a ciência, o meio ambiente, a cultura e a educação”.

E prossegue: “Bolsonaro destruiu instrumentos de transparência e de combate à corrupção. Comprou o apoio do Congresso com o orçamento secreto, elevando a níveis inéditos o desvio de recursos públicos. Com o uso ilegal da máquina pública Bolsonaro ilude muitos, mas não os jornalistas dignos desse nome. Daí sua fúria contra nós, dirigida sobretudo às colegas mulheres”.

Os profissionais também enfatizam que “o presidente prega abertamente a desobediência a decisões da Justiça e que incentiva a população a se armar, contribuindo assim para enfraquecer as instituições republicanas e estimular a violência”, e reiteram o “apoio ao TSE e cobram das grandes plataformas digitais maior empenho no combate às fake news para termos eleições limpas, livres e seguras”.

Governo do Estado

Também nesta segunda, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Espírito Santo (Sindijornalistas-ES) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) declararam apoio à reeleição do governador Renato Casagrande (PSB). Ele se reuniu com a direção do sindicato e também recebeu demandas da categoria. A entidade representa aproximadamente dois mil profissionais.

“Em nome dos jornalistas capixabas e brasileiros,
estamos declarando apoio ao candidato Renato Casagrande, que é o que melhor representa a democracia. Não existe jornalismo sem democracia consolidada e plena. Estamos referendando o apoio a Casagrande para avançar e continuar vivenciando o jornalismo livre, sem amarra e censura”, destacou.

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