Protesto no Dia da Consciência Negra mantém os temas abordados em atos anteriores contra o presidente
“Infelizmente, estamos vivendo um grande desastre”, disse Felipe Lima, presidente do Fórum Estadual da Juventude Negra no Espírito Santo (Fejunes), ao confirmar para o próximo sábado (20) as comemorações do Dia da Consciência Negra. Neste ano, o evento puxará o “Fora Bolsonaro”, movimento que reúne entidades de trabalhadores e estudantis e vem promovendo manifestações ao longo do ano contra o atual governo.
A concentração está prevista para a praça de Gurigica, em Vitória, com acesso pela avenida Leitão da Silva, a partir das 15 horas. De lá, a passeata sairá em direção à praça de Itararé, onde haverá discursos e apresentações culturais, com o foco em questões que mais tocam a sociedade brasileira e que atingem, principalmente, as regiões de periferia.
Desemprego, alimentação e fome serão temas abordados nas bandeiras de luta do evento, que, segundo Felipe, é apartidário. “Basta olhar no cotidiano das periferias para ver pessoas morando na rua, sem emprego, com fome”, registra Felipe, que, além de presidente da Fejunes, é estudante de Ciências Sociais na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Ao analisar o cenário atual, Felipe afirma: “Concluímos que acabar com essa situação nunca foi o objetivo desse governo”.
O evento abordará, além desses temas, a necessidade de tirar Bolsonaro do poder, considerando o descaso do governo no combate à pandemia do coronavírus, o corte de recursos financeiros para a educação, saúde e outros setores vitais, como a segurança pública, em especial o extermíínio de jovens negros.
Inicialmente, a previsão era promover mais uma manifestação geral da campanha “Fora Bolsonaro” nesta segunda-feira (15), feriado comemorativo da Proclamação da República. Mas os organizadores do evento acertaram alterar a data e juntar-se aos atos do outro evento.
Clemildes Cortes Pereira, presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT), explica: “A gente trabalha na mobilização junto com o Fejunes e vamos fortalecer a Marcha da Juventude Negra”, disse. A dirigente sindical aponta que outras centrais deverão comparecer, como das manifestações anteriores da Campanha Fora Bolsonaro.