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Livro coletivo analisa ditadura de 64 e traça perspectivas para o Brasil

Autor do projeto, advogado Francico Celso Calmon afirma importância histórica, “que ultrapassará gerações”

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“Onde estávamos em 1964 e onde estamos em 2024?”. Esse é o questionamento que serve de base para o livro coletivo “60 anos do golpe: gerações em luta”, sobre a conjuntura social e política brasileira a partir do golpe militar de 1964, que instalou a ditadura no Brasil. O projeto é de iniciativa do advogado, ex-preso político e ativista Francisco Celso Calmon, que nesta quarta-feira (10) encaminha os originais à Editora Formar, no município da Serra, responsável pela impressão, inserindo-se em outros projetos sobre a ditadura militar no Brasil.

“Trata-se de um projeto histórico e de uma importância que ultrapassará nossas gerações”, afirma Calmon, que também é da Rede Brasil, Memória, Verdade e Justiça. Com cerca de 300 páginas, o livro “terá uma diversidade de autores muito qualificada, desde ex-combatentes do golpe e da ditadura, ex-coordenadores da Comissão Nacional da Verdade, do MG68, intelectuais, acadêmicos, representante da periferia social, jornalistas, juristas, sindicalistas, mulheres, negros, brancos”, em nível nacional.

Os textos serão apresentados em vários gêneros literários, como prosa, poesia, poema, entrevista e até charges, entre outros. “Pelo simbolismo, a nossa meta é o livro ser composto por 60 autores”, diz Calmon, que programou o lançamento para o dia 1º de abril, em cada Estado. Em Vitória, o evento ocorrerá na Biblioteca Pública Estadual, na Praia do Suá.

“Há 60 anos a democracia sofreu um golpe”, diz Calmon, para apontar que o livro retrata como cada autor estava na época, sua participação política, as consequências ao país. “Em 1988 começa a reconstrução institucional da democracia e em 1º de abril de 2024 o golpe fará 60 anos: como está a democracia?”.

Segundo ele, essa “é a abordagem, approach, a moldura, a que o livro se propõe. São abordagens históricas e opinativas. Em qualquer formato literário. O livro servirá também como instrumento de reunião e debate quando do lançamento”.

“Além de uma contribuição à história, a obra irá levar memória e análise da conjuntura e proposições para a luta pela construção e defesa da democracia de todas e todos”, diz, acrescentando que a obra é “analítica, com memória pessoal e/ou histórica (onde estávamos em 1964), e análise da conjuntura, prognóstico (perspectivas e expectativas) e proposições, do onde estamos em 2024”.

No Espírito Santo, além do livro idealizado por Calmon, há outros projetos, um deles do Centro Cultural Triplex da Resistência, coordenado pelo ativista e também ex-preso político Perly Cipriano. Trata-se de uma serie de entrevistas com combatentes da ditadura militar e um livro sobre o período.

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